São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em estabilidade e as bolsas europeias em alta. O mercado aguarda hoje a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) nos Estados Unidos, referente a janeiro. Em dezembro, o CPI avançou 0,4%. Com isso, o indicador fechou 2024 com taxa anual de 2,9%. O núcleo do CPI, que exclui gastos com comida e energia, subiu 0,2% em dezembro e 3,2% em 12 meses. Amanhã será a vez dos números do indice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês).
Ontem, em discurso ao Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos, o presidente do Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos), Jerome Powell, disse que, com a atual política significativamente menos restritiva do que antes e a economia permanecendo forte, não é preciso ter pressa para ajustá-la. Ele defendeu os cortes de juros do ano passado como um ajuste necessário diante da melhora na inflação e do arrefecimento do mercado de trabalho.
Ele indicou dois possíveis caminhos para a política monetária em 2025: juros estáveis por mais tempo se a inflação não continuar caindo para a meta de 2%, especialmente se a economia permanecer forte. Ou o Fed reduzindo os juros caso o mercado de trabalho enfraqueça inesperadamente ou a inflação desacelere mais rapidamente do que o esperado. Powell volta a falar no Congresso norte-americano nesta quarta-feira.
Para John Williams, presidente do Fed Nova York, a política monetária atual está bem posicionada para alcançar os objetivos do Fed, que incluem o controle da inflação e a manutenção do pleno emprego. Ele destacou que a taxa de juros atual, em um patamar moderadamente restritivo, deve ajudar a reduzir a inflação para a meta de 2%, ao mesmo tempo em que sustenta um crescimento econômico sólido e condições favoráveis no mercado de trabalho. No entanto, Williams ressaltou que o cenário econômico permanece incerto, especialmente devido a políticas fiscais, comerciais, de imigração e regulatórias.
Investidores também mantêm no radar os desdobramentos das medidas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que confirmou elevar em 25% as tarifas de importação de aço e alumínio, sem exceções ou isenções. A medida, que entra em vigor em 4 de março, visa proteger as indústrias domésticas, mas pode intensificar as tensões comerciais globais. Trump também prometeu implementar tarifas recíprocas contra países que impõem taxas sobre produtos americanos, incluindo carros, semicondutores e produtos farmacêuticos.
A nova política elimina acordos de cotas e isenções específicas que antes beneficiavam países como Canadá, México e Coreia do Sul. Além disso, estabelece um padrão norte-americano para aço e alumínio, exigindo que os metais sejam fundidos e moldados na região para evitar a importação de produtos minimamente processados da China e da Rússia. O assessor comercial de Trump, Peter Navarro, afirmou que a medida visa acabar com o “dumping” estrangeiro e fortalecer a segurança econômica e nacional dos EUA.
Ontem, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um comunicado lamentando a decisão do governo dos Estados Unidos de impor tarifas de 25% indistintamente para todas as importações de aço e alumínio. A medida atinge diretamente a indústria brasileira e os possíveis impactos dela decorrentes causam enorme preocupação ao país. O Brasil é o quarto maior fornecedor de ferro e aço aos EUA 54% das exportações brasileiras desses produtos são para o país. A CNI está atenta à implementação das taxas e, junto ao governo brasileiro, buscará diálogo com os EUA na tentativa de reverter a decisão.
Por aqui, hoje pela manhã será divulgado o desempenho do setor de Serviços de dezembro, com perspectiva de alta de 0,10% ante novembro. No comparativo com o mesmo período de 2023, é projetada uma alta de 3,20%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro Safras. As previsões de cinco instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre 0,0% e 0,50%, com a média das projeções em 0,18%. Na comparação com dezembro do ano anterior, as previsões de cinco “casas” consultadas variam entre 2,20% e 3,50% (média em 3,08%).
Em Brasília, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote de corte de gastos aprovado pelo Congresso no fim do ano passado ajudará a diminuir as despesas em 2025 em cerca de R$ 34 bilhões. Desse total, R$ 19 bilhões virão de economias efetivas de gastos e R$ 15 bilhões servirão para tapar novas pressões de gastos.
Segundo Haddad, os novos números serão apresentados ao senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator do projeto do Orçamento de 2025. “Na verdade, foram poupados pouco mais de R$ 19 bilhões. “Hoje, eu vi a conta fechada pelo Planejamento. Então, nós vamos levar para o relator essa conta”, declarou Haddad. Sem ter sido aprovado no fim do ano passado, o projeto do Orçamento de 2025 deve ser vota o pelo Congresso após o carnaval. O governo terá de enviar uma mensagem modificativa à Comissão Mista de Orçamento para incluir os novos números.
No setor corporativo, o tráfego total de veículos nas rodovias da Companhia de Concessões
Rodoviárias (CCR) registrou aumento de 1,5% em janeiro, na comparação anual, para 107,766 milhões de veículos equivalentes, segundo boletim mensal de tráfego divulgado pela companhia nesta terça-feira. Na CCR Mobilidade, o número de passageiros transportados aumentou 6,2% no primeiro mês de 2025, e a CCR Aeroportos registrou alta de 6,7% no número de passageiros embarcados no mês passado, na comparação anual.
A Itaúsa alcançou novamente a classificação A- no CDP, nível mais alto concedido à companhia pela Instituição na categoria Mudanças Climáticas. No CDP, a classificação A- obtida pela Itaúsa a coloca no seleto grupo de empresas globais reconhecidas pela liderança na transição para uma economia de baixo carbono.
O conselho de administração da LWSA aprovou a criação de um novo programa de recompra de ações de emissão da companhia (4o Programa de Recompra), de até 38,8 milhões de ações ordinárias, por 18 meses, com o objetivo maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma estrutura de capital eficiente.
A Natura &Co disse que, em 10 de fevereiro de 2025, foi celebrado pelos fundadores e outros membros do grupo de controle o quarto aditamento ao acordo de acionistas da companhia, por meio do qual o seu prazo de vigência foi prorrogado até 30 de maio de 2025.
A Minerva informou que apresentou à autoridade concorrencial uruguaia (Comisión de Promoción Y Defensa de la Competencia Coprodec) novo pedido de autorização para a aquisição de três plantas de propriedade de controladas da Marfrig no Uruguai, localizadas nas cidades de San José, Salto e Colonia.
A Embraer informou que o preço da oferta de compra à vista da totalidade das notas em circulação sem garantia real, sem subordinação e vencimento em 2027 (Notas 2027), emitidas pela Embraer Finance, com garantia incondicional e irrevogável da Embraer (Oferta 2027).
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou a categoria petroleira a participar das
manifestações nesta quarta-feira, em Dia Nacional de Luta pelo Teletrabalho. Nas bases da FUP, os atos ocorrerão às 7h, em frente aos escritórios da Petrobrás no Edifício Vitória (Edivit), em Vitória/ES; no Edifício Sede Rio Grande do Norte (Edirn), em Natal/RN; no Edifício Marechal Adhemar de Queiroz (Ediba), em Salvador/BA; e em Brasília/DF. Haverá, às 12h30, um ato unificado no Edifício Senado (Edisen), no Rio de Janeiro/RJ.
O Grupo Carrefour Brasil, considerando as notícias publicadas pela Bloomberg, nesta data, em relação ao possível fechamento de capital da companhia, informa que o seu controlador, Carrefour France, submeteu à administração da operação brasileira uma proposta para convertê-la em subsidiária integral, com a consequente deslistagem do Novo Mercado e a migração de seu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) de companhia aberta Categoria A para emissor Categoria B.