RADAR DO DIA: Investidores digerem Trump, FMI e reconciliação política

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São Paulo – Os investidores devem ficar atentos tanto aqui quanto lá fora, após a alta hospitalar de Donald Trump que continuará o tratamento contra a covid-19 na Casa Branca. Internamente o destaque é a projeção do FMI sobre a economia brasileira a “paz” selado entre os atores políticos.

Ontem, Trump deixou o hospital Walter Reed, onde estava recebendo tratamento para a covid-19 desde o final da sexta-feira. Por meio de sua conta no Twitter, o líder norte-americano disse para as pessoas não terem medo da doença e se sentia melhor do que há 20 anos.

No Brasil, o destaque vai para a projeção de contração de 5,8% do Produto Interno Bruto do Brasil feita pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). A instituição também enxerga uma recuperação em 2021.

Na Europa, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse que o banco está pronto para injetar novos estímulos monetários para apoiar a recuperação econômica da zona do euro da pandemia de covid-19, inclusive cortando a taxa básica de juros ainda mais abaixo de zero.

Apesar da fala de Lagarde, os índices europeus operam em queda após a forte valorização ontem com a notícia da alta hospitalar de Donald Trump e suporte adicional aos estímulos, levando os investidores a uma realização. O mesmo acontece com os índices futuros norte-americanos. Na Ásia, as bolsas fecharam em alta em reação a manutenção da política monetária da Austrália.

No cenário político interno, os investidores estão de olho na reconciliação entre o ministro da Economia Paulo Guedes e Rodrigo Maia, presidente da Câmara, após troca de farpas. Eles agora prometem atuar juntos para agilizar as reformas do país.

Na agenda, a expectativa é pelo discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, às 11h40, que deve falar sobre as perspectivas econômicas via webcast na reunião anual da Associação Nacional de Economia Empresarial (Nabe, na sigla em inglês).

Em âmbito corporativo, a Iguatemi disse que encerrou a emissão de 500 mil debêntures, não conversíveis em ações, da décima emissão, dividida em duas de 400 mil e 100 mil, pelo preço unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 500 milhões.

A BR Malls, assim como a sócia Multiplan, também fez um aporte na Delivery Center, responsável pela gestão de centrais logísticas instaladas nos shopping centers da companhia, no valor de R$ 9 milhões, do total de R$ 30 milhões que serão aportados.

A Azul espera atingir em outubro 55% da capacidade pré pandemia, de acordo com o presidente da companhia, John Rodgerson. Em setembro, a companhia registrou 42% da capacidade quando vista no mesmo período no ano passado.

O preço médio de venda de imóveis residências, que acompanha o comportamento em 50 cidades, encerrou setembro com alta de 0,53%, registrando o melhor resultado mensal desde setembro de 2014, segundo o Índice FipeZap. O número também foi maior que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que subiu 0,43% no período.

A TIM informou que recebeu a solicitação de um único acionista dissidente, detentor de cem ações ordinárias no processo de incorporação da TIM Participações pela TIM com objetivo de ser listada no segmento especial de listagem Novo Mercado da B3. Após pagar R$ 9,33 por ação a este acionista, até 7 de outubro, a companhia dará início às negociação das ações ordinárias na B3, sob o ticker “TIMS3″, e das American  Depositary Shares  (ADSs) na New  York  Stock Exchange (NYSE), em 13 de outubro, e na NYSE, sob o ticker”TIMB”, em 16 de outubro.

A Multiplan anunciou um investimento de R$ 18,6 milhões, de um total de R$ 30 milhões, na subsidiária Delivery Center, empresa responsável pela gestão de centrais logísticas instaladas nos shopping centers da companhia. Com isso, sua participação na empresa aumentará de 18,79% para 26,5% do capital social da investida. A BR Malls investirá R$ 9 milhões na empresa.

A Marfrig celebrou um acordo para adquirir 100% das ações da produtora de hambúrgueres de carne bovina argentina Campo del Tesoro, por US$ 4,6 milhões.

O Bradesco confirmou a reestruturação da área de atacado, com a eliminação de dois níveis hierárquicos e 23 executivos, além da extinção das funções de diretor e gerente regional.