RADAR DO DIA: Investidores no aguardo do Fed e digerindo balanços

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São Paulo – Os investidores continuam de olho no aumento da tensão entre Estados Unidos e China e no aguardo da aprovação de um pacote de estímulo na maior economia do mundo. Porém, a expectativa maior é pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano).

Por aqui, segue a atenção ao seguimento da reforma tributária e nas eleições para presidência da Câmara que pode ter diminuído a base do chamado centrão.

Os senadores republicanos norte-americanos já detalharam sua proposta para o novo pacote de ajuda para o novo coronavírus, avaliada em US$ 1 trilhão, abrindo caminho para uma negociação com a oposição democrata antes que os subsídios ao desemprego atualmente em vigor expirem no final do mês.

O plano republicano reduz o atual subsídio ao desemprego semanal de US$ 600 para US$ 200 por semana até setembro, quando o pagamento será combinado aos benefícios do estado para substituir 70% dos salários anteriores.

Os Estados Unidos e a China ordenaram o fechamento de consulados em seus países na semana passada, acirrando ainda mais a tensão e entre os países.

Além disso, os norte-americanos anunciaram que gostariam de formar uma coalizão de países com o objetivo de convencer a China a mudar seu comportamento, e acusaram o país de explorar a pandemia do coronavírus para seus próprios interesses.

Na cena local, o destaque é o presidente Jair Bolsonaro que após testar positivo para o coronavírus por três vezes, o seu último teste para a doença deu negativo, o que fez o presidente voltar as atividades normais. Os desdobramentos relacionados a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro também estão no radar.

Além disso, a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados parece ter esfarelado o centrão. Isso porque, o presidente da Casa, Rodrigo Maia, autorizou a formação de um bloco para enfrentar o centrão.

CORPORATIVO

O lucro líquido gerencial do Santander Brasil diminuiu 41,2% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 2,136 bilhões. Sem provisão extraordinária de R$ 3,2 bilhões no período, o lucro gerencial foi de R$ 3,8 bilhões.

O lucro líquido da Telefônica Brasil caiu 25,05% no segundo trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,113 bilhão, impactado pelo ebitda menor do período, maiores gastos com depreciação e maior despesa com impostos no trimestre.

A Cielo teve prejuízo líquido atribuível aos acionistas controladores de R$ 75,2 milhões no segundo trimestre do ano, revertendo o lucro de R$ 428 milhões visto um ano antes.

A Smiles Fidelidade, empresa de milhagem da Gol Linhas Aéreas, reverteu lucro líquido visto um ano antes e teve prejuízo líquido de R$ 400 mil no segundo trimestre de 2020. O resultado foi fortemente impactado pelos efeitos da pandemia do coronavírus.

A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) atualizou suas projeções para este ano e espera atingir 3,75 vezes a relação dívida líquida por ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado.

A B2W firmou parceria com a rede de fast food Bob’s para integração dos restaurantes da rede ao seu marketplace. Com isso, os 1,2 mil pontos do Bob’s, sendo 550 restaurantes e 650 dessert centers poderão vender os produtos nas plataformas da varejista.

O conselho de administração da Klabin aprovou a incorporação da Sogemar pela companhia e autorizou a diretoria a tomar as providências para a efetivação da operação.

A Minerva Foods reverteu o prejuízo visto um ano antes e obteve lucro líquido de R$ 253,4 milhões no segundo trimestre do ano. Segundo a companhia, o resultado teve como reflexo a disciplina financeira e o modelo de administração de riscos.