RADAR DO DIA: IPCA-15; Meta de inflação; PCE nos EUA

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsa europeias abriram em alta. O dia será marcado pela divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) de junho. A previsão é uma alta de 0,42% ante maio. Já a taxa acumulada pelo IPCA-15 em 12 meses, até maio, deve ter alta de 4,10%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA.

As previsões de oito instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre +0,40% a +0,49%, com a média das projeções em +0,43%. Para o acumulado em 12 meses, até junho, as previsões de 8 “casas” consultadas variam entre +3,88% e +4,16% (média em +4,08%).

Ontem, após a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central do Brasil, o mercado, de uma forma geral, avaliou que o Copom está comprometido em reancorar as expectativas de inflação. Segundo o Bradesco, o firme compromisso do Copom com a meta de inflação de 3,0% vai dar resultado. “Projetamos inflação do IPCA em 3,1% no ano de 2025, abrindo espaço para retomar o ciclo de afrouxamento monetário no segundo semestre do ano que vem.”

O diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo, disse ontem que o Banco Central (BC) não vai fazer projeções, ou direções dos próximos passos do comitê, porque deve continuar adotando uma postura independente. Ele enfatizou ainda que o BC não vai “fornecer guidance”, e que o boletim Focus é uma fonte importante de dados para subsidiar a formulação da política monetária. “Institucionalmente há um aprendizado ao longo do tempo e o Banco Central sabe consumir esses dados.”

Na semana passada, o o Copom, em decisão unânime, decidiu interromper uma sequência de sete cortes, e manteve a taxa Selic em 10,50%. Segundo a ata, a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide “não apenas o processo de desinflação, como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. Além disso, o Comitê ressaltou que sua decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2025.

O Conselho Monetário Nacional (CMN) se reúne hoje e deve manter a meta de inflação em 3% para 2025, com uma margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, e aprovar a adoção do sistema de meta contínua a ser perseguida pelo Banco Central (BC) a partir do ano que vem.

Ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deu o seu aval para a formalização da meta contínua de inflação. Lula se reuniu com o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, cotado para substituir Roberto Campos Neto na presidência da autarquia no ano que vem. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou do encontro, além de membros de sua equipe.

Nos Estados Unidos, a expectativa fica com a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, referente a maio, na sexta-feira (28). O mercado não “arrisca” quais serão os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), diante de uma economia ainda aquecida.

O PCE é um dos dados mais importantes analisados pelo Fed para decidir os rumos da política monetária nos EUA. Ontem, a governadora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Lisa Cook disse que a inflação no período de três a seis meses deve continuar caindo, mas de forma irregular. Além disso, a inflação de 12 meses deve ficar estável.

“Com a desinflação continuando, embora em um ritmo mais lento este ano, e o mercado de trabalho tendo se normalizado em grande parte, vejo os riscos para alcançar nossas metas de emprego e inflação como mais equilibrados.” Cook afirmou ainda que há incertezas na economia, e que elas podem fazer a inflação ser mais alta por mais tempo.

No setor corporativo, a Sendas Distribuidora, controladora do Assaí, informou que seu Conselho de Administração aprovou o primeiro programa de recompra de ações de emissão da companhia. O programa tem por objetivo a aquisição, em até 12 meses a partir desta data, de até 3,8 milhões de ações ordinárias, representativas de 0,28% do total das ações em circulação, para manutenção em tesouraria e entrega dessas ações aos participantes do Programa Sócio Executivo e do Plano de Incentivo de Longo Prazo via Outorga do Direito de Receber Ações.

A Cogna informou que seu Conselho de Administração aprovou a realização da 10a emissão de debêntures simples, em duas séries, no valor total de R$ 500 milhões, a ser celebrado entre a companhia e a Somos Sistemas de Ensino S.A., sua controlada indireta. A remuneração será paga, sem carência, a partir da data de liquidação, sempre no dia 15 dos meses de maio e novembro de cada ano, ocorrendo o primeiro pagamento em 15 de novembro de 2024.

A JBS informou o resultado da oferta para compra de três séries de notas da JBS USA Food Company, com um valor total de US$ 2,729 bilhões do valor principal, que foi validamente ofertado e não retirado. Segundo o comunicado, a JBS USA Food Company ofereceu para adquirir em dinheiro, por um preço de compra agregado combinado, excluindo juros acumulados e não pagos, de US$ 500 milhões, em preço de compra agregado de até US$ 400 milhões as notas sênior de 6,500% com vencimento em 2029 e

notas sênior de 5,750% com vencimento em 2033, e até o valor máximo das notas sênior de 6,750% com vencimento em 2034 e, em conjunto com as notas sênior 2029 e as notas sênior 2033. A precificação ocorrerá em 26 de junho de 2024.

A Vale informou que precificou a oferta de bonds de sua subsidiária integral Vale Overseas Limited de US$ 1 bilhão com cupom de 6,400% e com vencimento em 2054, garantidos pela Vale. Os Bonds terão um cupom de 6,400% ao ano, pago semestralmente, e foram ofertados a um preço de 99,235% do valor principal. Os Bonds tem vencimento em 28 de junho de 2054 e foram emitidos com um spread de 210 pontos-base sobre os títulos do Tesouro dos EUA (U.S. Treasuries), resultando em um rendimento até o vencimento de 6,458% (yield to maturity).

O conselho de administração da WEG deliberou declarar juros sobre capital próprio (JCP) no valor total de R$ 263.328.880,97, correspondente a R$ 0,062764706 por ação, aos titulares de ações escriturais em 28 de junho. O pagamento de JCP ocorrerá em 14 de agosto de 2024 e será feito pelo valor líquido de R$ 0,053350000 por ação, já deduzido o imposto de renda na fonte de 15%.

A Vibra Energia informa que foi aprovada, em reunião do conselho de administração, a distribuição de remuneração antecipada aos acionistas, sob a forma de juros sobre o capital próprio (JCP), referente ao exercício social de 2024, no montante bruto de R$ 520,7 milhões, equivalentes a aproximadamente R$ 0,46532773229 por ação.

A Suzano informa que o início das operações da nova fábrica de produção de celulose de Ribas do Rio Pardo, localizada no estado do Mato Grosso do Sul, o Projeto Cerrado, ocorrerá ao longo do mês de julho de 2024. “O Projeto Cerrado está na sua fase final de comissionamento e a companhia tem por objetivo em seu planejamento garantir a adequada execução do start-up da nova fábrica e o bom desempenho de sua curva de aprendizado. As demais informações e estimativas divulgadas acerca do Projeto Cerrado mantêm-se válidas e inalteradas.”