RADAR DO DIA: IPCA de julho; emprego nos EUA; orçamento no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana termina com a divulgação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho. A previsão é uma alta 0,34% ante junho. No acumulado de 12 meses, a alta projetada é de 4,46%. As estimativas foram calculadas pelo Termômetro CMA. As previsões de nove instituições financeiras consultadas para o resultado mensal variam entre +0,24% e +0,69%, com a média das projeções em 0,36%. No acumulado de 12 meses, as previsões de oito “casas” consultadas variam entre + 4,25% e +4,50% (média em +4,43%).

O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de julho foi de 0,30%, 0,09 ponto percentual abaixo da taxa de junho (0,39%). Nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,45%, acima dos 4,06% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa foi de -0,07%.

Nos Estados Unidos, a semana termina com o mercado mais tranquilo, após o número de novos pedidos de seguro-desemprego no país cair em 17 mil para 233 mil na semana encerrada em 3 de agosto, após ter alcançado 250 mil na semana anterior (dado revisado), por fatores sazonais. Os analistas previam 240 mil pedidos. Na semana passada, o resultado negativo do relatório de emprego payroll, com uma forte redução no número de novas vagas, deixou os analistas preocupados com uma possível recessão no país.

Segundo analistas, o desaquecimento do mercado de trabalho deve influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) na próxima reunião, em setembro. No mês passado, as autoridades do Comitê Geral do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) mantiveram as taxas de juros inalteradas, na faixa entre 5,25% e 5,50% mas indicaram que a inflação está se aproximando da meta, o que pode abrir caminho para futuros cortes na taxa de juros. A previsão é que até o fim do ano o Fed pode cortar a taxa de juros em até 1%.

Em Brasília, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse ontem, após o encerramento da reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que os cortes determinados pelo Planalto às pastas serão feitos, atendendo ao compromisso do presidente com a responsabilidade fiscal. “Corte é corte. Se precisar ajustar, ninguém vai estar com sorriso na orelha, mas é necessário em função do compromisso reiteradamente firmado pelo presidente Lula. Todos estão ciente disso e vida que segue e se ajustará isso dentro do cronograma de cada Ministério”, completou.

No setor corporativo, a Petrobras divulgou na noite de ontem (8) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com prejuízo liquido de R$ 2,605 bilhões, revertendo lucro de R$
28,7 bilhões registrado no mesmo período de 2023 (2T23). Já o lucro líquido recorrente foi de R$ 15,728 bilhões, queda de 46,5% em relação ao 2T23. O Ebitda ajustado foi de R$ 49,7 bilhões, queda de 12,3% na comparação anual. Já o Ebitda ajustado recorrente foi de R$ 62,3 bilhões, alta de 5,5% em relação ao 2T23. Na comparação semestral, o Ebitda ajustado recuou 15%, fechando a R$ 109,7 bilhões, e recuando 8,1% no Ebitda ajustado recorrente, registrando R$ 123,8 bilhões. Em relação ao primeiro trimestre de 2024, o Ebitda ajustado recuou 17%, influenciado por menores margens de diesel e gasolina, aumento das importações e de itens não recorrentes, com destaque para os efeitos do acordo de trabalho de 2023 e da adesão à transação tributária. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo aumento das receitas com exportações decorrente, principalmente, da valorização do Brent.

A Petrobras informou que seu Conselho de Administração (CA) aprovou o pagamento de dividendos intercalares e intermediários e juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação. Em uma visão acumulada do semestre, a aplicação da fórmula da Política retorna um total de pagamento de proventos de R$ 27 bilhões, patamar superior ao resultado acumulado disponível do semestre (R$ 20,6 bilhões), em função dos itens exclusivos deste trimestre que tiveram impacto residual no caixa. Dessa maneira, verificou-se a necessidade de utilizar R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital, resultando em um saldo remanescente de R$ 15,5 bilhões nesta reserva.

A Hapvida divulgou o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido ajustado de R$ 490,2 milhões, alta de 121,2% na comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o lucro líquido ajustado cresceu 291,5% no primeiro semestre de 2024, chegando R$ 997 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 957,9 milhões, alta de 58% em relação ao 2T23. Na comparação semestral, o Ebitda ajustado passouu de 58% para 58,7%, fechando em R$ 1,969 bilhão. Segundo a companhia, o resultado é reflexo do aumento da receita líquida, dos reajustes de contratos implementados necessários para o reequilíbrio financeiro, mais do que compensando, a
leve redução da base de beneficiários e a descontinuidade de atividades assessórias; e a
redução da sinistralidade caixa, decorrente dos intensos esforços de aumento de verticalização e de controle de custos.

A Sabesp divulgou o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 1,209 bilhão, alta de 62,6% na comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o lucro líquido cresceu 36,3% no primeiro semestre de 2024,
chegando R$ 2,032 bilhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 2,97 bilhões, alta de 35,5% em relação ao 2T23. Na comparação semestral, o Ebitda ajustado avançou 31,7% no primeiro semestre de 2024, fechando a R$ 5,532 bilhões. A margem Ebitda ajustada passou de 44,5% para 54,2%. Na comparação semestral, a margem Ebitda avançou de 44,6% para 51,7%.

A PetroReconcavo divulgou ontem (8) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido foi de R$ 136 milhões, queda de 23% na comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o lucro líquido recuou 35% no primeiro semestre deste ano, fechando a R$ 246,2 milhões. A petroleira disse que o resultado foi impactado pelos efeitos, entre outros fatores, pela variação positiva na rubrica de impostos. No trimestre, a rubrica de impostos melhorou em função do pagamento de juros sobre capital próprio impactando a base para cálculo do imposto de renda e por conta da despesa financeira de variação cambial que gerou um efeito no imposto diferido.

O Assaí divulgou na noite de ontem (8) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 123 milhões, recuo de 21,2% na comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o lucro líquido recuou 19,7% em relação ao primeiro semestre de 2024, chegando a R$ 183 milhões. O Ebitda ajustado foi de R$ 965 milhões, alta de 18,4% na comparação anual. Na comparação semestral, o Ebitda líquido cresceu 26,9% em relação ao primeiro semestre 2024, chegando a R$ 1,862 bilhão. A margem Ebitda ajustada avançou 0,3 ponto percentual, chegando a 5,4%. Na comparação semestral, a margem Ebitda ajustada avançou 0,66 ponto percentual, fechando a 5,3%.

A Oi S.A., em recuperação judicial, informou que concluiu a reestruturação de sua dívida
conforme o Plano de Recuperação Judicial aprovado em abril de 2024.Foram celebrados acordos de Dívida Roll-Up e novos financiamentos, incluindo a conversão de notas de credores e subscrição de debêntures, somando um total de USD 1,334 bilhões e R$ 902,6 milhões.

A Fleury anunciou a conclusão da aquisição de 100% das quotas das sociedades que compõem o São Lucas Centro de Diagnóstico, incluindo cinco unidades em Itajaí e Balneário Camboriú, Santa Catarina. A aquisição, foi avaliada em R$ 69,8 milhões.

O lucro líquido da Magazine Luiza totalizou R$ 23,6 milhões no segundo trimestre de 2024. Em igual período do ano passado, a empresa havia registrado prejuízo líquido de R$ 301,7 milhões. No primeiro semestre do ano, o lucro líquido foi de R$ 51,5 milhões, contra prejuízo de R$ 693 milhões na primeira metade do ano passado.

O conselho de administração da CPFL Energia aprovou a solicitação de diferimento do Reajuste Tarifário Anual de 2024 perante a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), bem como a celebração de contratos de financiamento com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), totalizando até R$ 1,394 bilhão, em resposta a eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.

O lucro líquido consolidado da CPFL Energia totalizou R$ 1,1 bilhão no segundo trimestre de 2024, recuando 11,8% na comparação com igual período do ano passado. No primeiro semestre do ano, houve um recuo de 1,5%, somando R$ 2,855 bilhões.

A Vivara reportou lucro Líquido de R$ 211,0 milhões no segundo semestres de 2024, incremento de 91,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior. “Resultado operacional sólido, somado a um ligeiro aumento dos níveis de depreciação e amortização e o reconhecimento de ativos tributários no período”, segundo informou a empresa.

O lucro líquido da B3 foi de R$ 1,244 bilhão no segundo trimestre de 2024, com crescimento de 18,2% na comparação anual e de 31% sobre o primeiro trimestre do ano. A receita líquida somou R$ 2,457 bilhões, com aumento de 10,2% na base anual e superando em 10,6% o primeiro trimestre de 2024.

A produção consolidada do mês de julho foi de 26.883 boe/dia, estável na comparação mensal, mantendo o ritmo de execução do programa de workovers, com média acima de 20 projetos realizados durante o mês. A Companhia realizou 109 workovers no acumulado do ano, até o final deste mês.

O lucro líquido da Alpargatas foi de R$ 9,9 milhões no segundo trimestre de 2024, revertendo um prejuízo de R$ 32,8 milhões registrados em igual período do ano passado. No primeiro semestre do ano, a empresa teve prejuízo de R$ 2 milhões, 96,3% menor do que o registrado na primeira metade do ano passado.

A Méliuz S.A. informou que a redução de capital de R$ 220 milhões, aprovada em AGE em 28 de junho de 2024, se tornará efetiva após o encerramento do prazo legal em 1º de setembro de 2024.

O conselho de administração da Fleury aprovou por unanimidade o pagamento de R$ 184.073.259,84 em juros sobre o capital próprio aos acionistas, equivalente a R$ 0,33738402078 por ação. O pagamento será realizado em 2 de outubro de 2024, considerando os acionistas com ações até 14 de agosto de 2024.

A Natura celebrou um segundo aditamento ao contrato da 13 emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, para ajustar e excluir cláusulas relacionadas à Natura&Co Holding S.A. e outras menções desnecessárias.

O lucro líquido da Lojas Renner teve alta de 37,1%% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 315 milhões. No primeiro semestre, o lucro líquido subiu 64,3% para R$ 454, 2 milhões. O lucro líquido da Fleury teve alta 47,5% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, para R$173,6 milhões.

A Suzano registrou prejuízo de R$ 3,766 bilhões no segundo trimestre de 2024, contra lucro líquido de R$ 220 milhões no 1T24 e R$ 5,078 milhões no 2T23. A variação negativa observada em relação ao 1T24 foi decorrente principalmente da variação negativa no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao menor resultado negativo observado no trimestre anterior).

A YDUQS, antiga Estácio, reportou lucro líquido de R$ 56 milhões no segundo trimestre do ano, queda de 9,1% na comparação anual.

O lucro líquido da Cyrela teve alta de 47% no segundo trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 412 milhões. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano, o aumento foi de 54%. A receita líquida no trimestre somou R$ 1,857 bilhão, alta de 14% na comparação anual.