RADAR DO DIA: Juros ainda altos, recessão à vista; IBC-Br de abril

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. Depois do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) confirmar a manutenção dos juros nos Estados Unidos, entre 5% e 5,25% ao ano, após dez altas consecutivas, e o Banco Central Europeu (BCE) elevar os juros 0,25 ponto percentual, chegando a 3,5%, o mercado tenta imaginar qual será o cenário da economia mundial em 2024.

Após as decisões, os presidentes do Fed e do BCE, Jerome Powell e Christine Lagarde, respectivamente, deixaram claro que o combate à inflação está longe de acabar e que, provavelmente, novos aumentos devem acontecer em 2023.

Para os economistas da Capital Economics, o crescimento econômico global irá decepcionar, com os Estados Unidos entrando em recessão e a zona do euro permanecendo em uma.

“Acreditamos que um crescimento mais fraco abrirá caminho para o Fed começar a cortar as taxas já no primeiro trimestre de 2024, o que também deverá fazer o BCE, reduzindo suas taxas após estabilizar a inflação”, explicou a Capital.

Hoje pela manhã foi divulgado o índice harmonizado de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro, com alta de 6,1% em maio na comparação com o mesmo período de 2022, após a alta de 7% de abril. A maior contribuição para a taxa de inflação anual da zona do euro veio de alimentação, álcool e tabaco (2,54%), seguido de serviços (2,15%) e bens industriais não energéticos (1,51%).

Por aqui, hoje sai o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), referente a abril, que deve aumentar 0,4% em abril, conforme a mediana das projeções coletadas pelo Termômetro CMA.

Na comparação com março do ano passado, o IBC-Br deve subir 2,90%. Em termos anuais, as projeções de sete instituições financeiras variam entre 1,51 % a 4,10 % (média de +2,69 %).

Em Brasília, a expectativa continua com a tramitação do arcabouço fiscal no Senado. A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) deve realizar de apenas uma audiência pública
para debater a nova regra fiscal, já aprovado na Câmara dos Deputados. O texto em análise no colegiado é diferente da proposta original enviada em abril pelo Poder Executivo. O relator da matéria, Omar Aziz (PSD-AM), disse que pretende apresentar seu relatório na próxima terça-feira (20).

No setor corporativo, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva das notas de crédito de 13 empresas brasileiras de neutro para positiva, como reflexo da melhora na perspectiva do rating soberano do Brasil na noite de quarta-feira, por terem suas classificações direta ou indiretamente pela nota do país. São elas: Petrobras, BRF, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Energisa, Neoenergia, MRS Logística, Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), EDP Espírito Santo, Energisa Paraíba e Energisa Sergipe.

O conselho de administração do Bradesco aprovou, em reunião realizada hoje, a proposta da diretoria para pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) intermediários, relativos ao primeiro semestre de 2023, no valor total de R$ 2 bilhões, sendo R$ 0,178997238 por ação ordinária e R$ 0,196896961 por ação preferencial, aos acionistas registros em 26 de junho.

A Klabin recebeu o pedido de renúncia de Flávio Deganutti, diretor de Papéis da companhia nesta quinta-feira. Ele será substituído interinamente pelo diretor geral Cristiano Cardoso Teixeira.

O Governo Federal, Ministério dos Transportes e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) vão inaugurar, nesta sexta-feira (16/6), às 10h30, a Ferrovia Norte-Sul (FNS), ligação ferroviária entre os portos de Itaqui, no Maranhão, e Santos, em São Paulo. Com a inauguração do Terminal da Rumo de Rio Verde (GO), a ferrovia completa 2.257 quilômetros e permite o escoamento da safra do Centro-Oeste e do Sudeste pelo Arco Norte.

O ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou que a aplicação do crédito rural do atual Plano Safra 2022/2023 chegou a R$ 318,7 bilhões entre julho/2022 e maio/2023. Os financiamentos de custeio tiveram aplicação de R$ 189 bilhões. Já as contratações das linhas de investimentos totalizaram mais de R$ 84,2 bilhões. As operações de comercialização atingiram R$ 30,8 bilhões e as de industrialização, R$ 14,5 bilhões.