RADAR DO DIA: Juros nos EUA; Ações da Petrobras e redução do ICMS

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e bolsas europeias começaram o dia em alta. O mercado espera hoje a ata do Comitê de Mercado Aberto (Fomc), do Federal Reserve
(Fed). Como de costume, as considerações do Fed são importantes para apontar qual deverá ser a política de juros adotada para a próxima reunião do Comitê. A tendência é que uma nova alta deve acontecer.

O PMI Composto dos EUA, divulgado ontem, chegou ao seu pior nível em quatro meses. O resultado do índice, que mostra o movimento dos setores industrial e de serviços, deixa claro que a atividade econômica está em queda.

Por aqui, a mudança de mais um presidente da Petrobras não foi bem recebida pelos investidores. As ações da estatal caíram 3,6% na bolsa brasileira e 13,6% na americana. Apesar da troca, o mercado acredita que estatuto da Petrobras e a Lei das Estatais irão barrar qualquer tentativa do governo de mexer na atual política de preços.

Por outro lado, o governo discute estabelecer faixas para o preço internacional do petróleo, que limitaria o número de reajustes, e a criação de um intervalo mínimo de cem dias para os reajustes. Na prática, o pepino do aumento de preços vai ficar na mão do próximo presidente.

As mudanças na Petrobras são mais uma tentativa para diminuir a pressão inflacionária. Ontem, o IPCA-15 de maio mostrou uma alta de 0,59%, ante um avanço de 1,73% em abril, O acumulado de 12 meses ficou em 12,20%, a maior taxa para o índice desde novembro de 2003.

Hoje, a Câmara dos Deputados deve votar projeto que limita a cobrança de ICMS sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicações e transportes. A proposta quer limitar em 17% a tributação nesses itens. A proposta inclui um gatilho que obrigue a União a compensar estados em caso de perda de arrecadação superior a 5%, com uma transição de seis meses.

No setor corporativo, a Petrobras confirmou ontem a redução no fornecimento de gás natura boliviano e afirmou que vai tomar as providências cabíveis visando o cumprimento do contrato. Em nota, a Petrobras informou que recebeu, em média, cerca de 14 MM m/dia da YPFB no mês de maio, volume 30% abaixo dos 20 MM m do aditivo celebrado junto à estatal boliviana em março de 2020.

A Vale informou que recebeu comunicado informando que a Capital Research Global lnvestors, na qualidade de divisão independente de investimentos da Capital Research and Management Company, na qualidade de holding de sociedades administradoras de investimento no exterior, tendo como representante legal no Brasil o J.P. Morgan S.A. e o Citibank DWM S.A, vem pela presente informar que reduziu a participação que administrava em ações ordinárias de emissão da Vale.

A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realizam na próxima sexta-feira (27) o 36º Leilão de Energia Nova A-4, para atendimento da demanda das distribuidoras no mercado regulado. Estão cadastrados 1.894 projetos, totalizando mais de 75 GW de oferta.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou o edital do leilão de transmissão número 1 de 2022, a ser realizado em 30 de junho na sede da B3, em São Paulo (SP). A previsão de investimentos é de R$ 15,3 bilhões, informou o órgão. Serão licitados 13 lotes em 13 estados para a construção e a manutenção de 5.425 quilômetros (km) de linhas de transmissão e de 6.180 megavolt-ampéres (MVA) em capacidade de transformação de subestações. São previstos 31.697 empregos diretos durante o período de construção das
instalações, segundo a agência.