São Paulo, SP – Os índices futuros americanos abriram em instabilidade e as bolsas europeias em alta. A semana começa com o mercado de olho nas declarações de membros do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), em busca de dados mais claros sobre qual será a postura do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) em sua última reunião de 2024, em dezembro.
Na última quinta-feira, o presidente do Fed, Jerome Powell, disse que o banco central não tem pressa para cortar a taxa de juros, à medida que o cenário econômico continua sólido e dá às autoridades do Fed tempo para determinar o melhor momento para reduções. “A economia não está dando sinais de que precisamos ter pressa para reduzir as taxas. A força que estamos vendo atualmente na economia nos permite abordar nossas decisões com cuidado”, disse Powell.
Foi a primeira fala pública de Powell desde sua coletiva de imprensa pós-reunião em 7 de
novembro, quando os formuladores de políticas reduziram a meta da taxa de juros em 0,25 ponto percentual para uma faixa de 4,5% a 4,75%, após uma redução de meio ponto em setembro.
Em relação ao mercado de trabalho, Powell disse que houve uma desaceleração das condições aquecidas observadas após a pandemia para níveis mais normais, consistentes com o mandato de pleno emprego do Fed. Para o presidente do Fed, o mercado de trabalho não é mais uma fonte significativa de pressões inflacionárias, o que ajuda a reduzir o crescimento dos preços na economia. As medidas recentes de inflação têm flutuado ligeiramente acima da meta anual de 2% do Fed, com os custos relacionados à habitação ainda elevados e demorando para normalizar.
Ainda nesta semana, são esperados os dados dos índices dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) dos setores industrial e de serviços dos EUA, Alemanha, zona do euro, Reino Unido, China e Japão, com investidores atentos a novos sinais sobre o desempenho das principais economias globais.
Por aqui, o pacote com cortes de gastos ficou para depois do cúpula do G20, que acontece entre os dias 17 e 19 de novembro na cidade do Rio de Janeiro. Nas semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad conduziu mais uma bateria de reuniões, incluindo o Ministério da Defesa. Haddad disse que o pacote está pronto, mas que o anúncio e detalhamento das medidas só deve ocorrer quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva marcar a data.
Especula-se que o anúncio será feito na próxima semana. Rumores apontam que o valor dos cortes deverá ser de R$ 30 bilhões em 2025 e R$ 70 bilhões em 2026, e o aumento do salário mínimo ficaria limitado a 2,5% acima da inflação.
No G20, ontem, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU),
António Guterres, disse neste domingo (11) que os países do G20 precisam buscar consensos e não divisões, se quiserem avançar na redução das desigualdades globais. A declaração foi dada ao ser questionado sobre o presidente argentino Javier Milei, que se opõe ao multilateralismo, aos acordos climáticos e, recentemente, foi o único a votar contra resolução da ONU pelo fim da violência contra mulheres e meninas.
Na sexta, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a PNAD trimestral, com dados sobre o mercado de trabalho entre julho e setembro.
Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a expectativa para 2024 passou de 4,62% para 4,64%. Para 2025, a previsão avançou de 4,10% para 4,12%. Sobre a taxa Selic, a previsão para 2024 manteve o índice de 11,75%. Para 2025, a expectativa para a Selic passou de 11,50% para 12%.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão para 2024 ficou estável em 3,10%. Em 2025, a expectativa para o PIB também manteve o índice da semana passada, de 1,94%. Para o dólar, a previsão para 2024 passou de R$ 5,55 para R$ 5,60. Já para 2025, a previsão passou de R$ 5,48 para R$ 5,50.
No setor corporativo, a Petrobras informou que assinou com a Yara e a Araucária
Nitrogenados (Ansa), subsidiária integral da companhia, dois acordos, em mais uma etapa para construção de uma potencial parceria nos segmentos de fertilizantes e produtos industriais. O primeiro acordo prevê a comercialização, pela Yara, de Agente Redutor Líquido Automotivo (ARLA 32) produzido na Ansa, o qual será elaborado utilizando como matéria-prima ureia fornecida pela Yara. O segundo é um acordo de cooperação técnica para desenvolvimento de estudos conjuntos nas áreas de fertilizantes e produtos industriais correlatos.
A Eneva informou que foi concluída a aquisição, pela Eneva, de ações representativas de 50% do capital social da Geradora de Energia do Maranhão de titularidade da holding BTG Pactual, pelo valor de R$ 301 milhões, já refletindo as deduções de preço previamente acordadas entre Eneva e BTG, sem prejuízo à parcela adicional contingente de preço que poderá se tornar devida futuramente.
A CSN informou que pagará dividendos no valor de R$ 730 milhões, correspondente à R$
0,550488901371933 por ação do capital social em circulação, no próximo dia 28 de novembro, e serão calculados e creditados com base nas posições dos acionistas em 21 de novembro de 2024.
A Petrobras informou que no dia 22 de novembro será realizado webcast, com a presença da diretoria executiva da companhia, para detalhamento do seu Plano Estratégico 2050 e Plano de Negócios 2025-2029, que serão submetidos à aprovação pelo Conselho de Administração da companhia no dia 21 de novembro de 2024.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou ontem (17) que o Brasil fechará hoje um acordo com a Argentina para ampliar as importações de gás natural e, assim, diminuir o custo para o consumidor brasileiro. A acordo será assinado em um evento paralelo às reuniões dos chefes de Estado do G20, que ocorrem nesta semana na cidade do Rio de Janeiro.
A Suzano informou que foi precificada a emissão e oferta de panda bonds, para colocação no mercado chinês pela sua subsidiária integral Suzano International Finance B.V. (Suzano Holanda), no valor principal de RMB 1,2 bilhão (aproximadamente US$ 165 milhões) com yield e cupom de 2,8% ao ano, a ser pago anualmente, e com vencimento em 15 de novembro de 2027 (Panda Bonds). A liquidação da operação está prevista para 15 de novembro de 2024, representando para a Companhia um marco na ampliação de suas fontes de capital.
Passados pouco mais de nove anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, a Justiça Federal absolveu todos os réus que respondiam no processo criminal. A decisão, de primeira instância, foi publicada nesta quinta-feira (14). Ela foi assinada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 6 Região (TRF-6).
Em ano emblemático para a companhia, que marca os 25 anos de história e listagem na Bolsa de Valores, a ISA Energia Brasil (ex-ISA CTEEP), líder do setor de transmissão de energia no país, promoveu o Investor Day 2024 direto da Arena B3, em São Paulo. Com a presença dos executivos da empresa, o encontro realizado com investidores e analistas de mercado mostrou como a evolução da estratégia de geração de valor sustentável da companhia se materializa em crescimento rentável, impulsionando a transição energética no território brasileiro.
O boletim do Programa Mensal de Operação (PMO) do Operador Nacional do Sistema (ONS) para a semana operativa que compreende os dias 16 a 22 de novembro indica percentuais um pouco maiores de Energia Armazenada (EAR) em três regiões, na comparação com as revisões anteriores. A EAR é o dado que reflete o nível dos reservatórios. O subsistema Sudeste/Centro-Oeste deve atingir 44,8% de EAR ao final do mês, ante 42,7% divulgados na última revisão. As regiões Sul e Norte também apresentam a mesma tendência, com estimativa da EAR chegar a 57,8% (57,1%) e 53,7% (51,4%), respectivamente.
Para o Nordeste, o percentual deve ser de 45,6%.