São Paulo, 29 de julho de 2024 – O mercado internacional abriu a semana estendendo o bom humor que predominou na sexta-feira. As bolsas subiram na Ásia e têm altas predominantes na Europa. Os índices futuros sobem em Wall Street. O dollar index também se valoriza, enquanto os treasuries recuam. O petróleo opera pertoda estabilidade, mas no território positivo, temendo pelo acirramento dos conflitos no Oriente Médio, após novos bombardeios entre Israel e Hezbollah.
O desempenho positivo dos mercados está ancorado nas expectativas sobre o futuro da política monetária nos Estados Unidos. Na quarta, o banco central americano, o Fed, deve manter a taxa básica do país inalterada. Mas o sentimento do mercado é de que o ciclo de cortes inicie em setembro e há quem aposte em até três cortes até o final do ano.
No Brasil, a semana também marca a definição da taxa Selic, na Super Quarta do dia 31. A expectativa é de manutenção nos atuais 10,50% ao ano. Mas as atenções se voltam ao tom do comunicado que será divulgado após a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Com o IPCA-15 acima do esperado e as preocupações com a questão fiscal, o mercado aposta em um tom duro na nota do BC.
As instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus elevaram de 4,05% para 4,10% a previsão para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2024. Para 2025, as instituições financeiras elevaram de 3,90% para 3,96% a previsão para a inflação medida pelo IPCA.
As instituições elevaram de 2,15% para 2,19% a previsão para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024. A projeção para 2025 aumentou de 1,93% para 1,94%.
A pesquisa Focus manteve em 10,50% a previsão para a taxa básica de juros (Selic) ao final de 2024, sem alterações sobre a taxa praticada hoje.
Para 2025, a estimativa para a taxa Selic manteve-se em 9,50%.
A projeção para a taxa de câmbio em 2024 ficou estável em R$ 5,30 por dólar, enquanto a estimativa para 2025 subiu de R$ 5,23 para R$ 5,25 por dólar.
Na agenda, destaque para o relatório mensal da dívida do Tesouro Nacional, que será divulgado às 14h30. Em termos corportativos, saem no final do dia os balanços da Telefonica Brasil, da Tim, da CCR e os dados de produção e vendas da Petrobras.
CORPORATIVO
A São Martinho anunciou o pagamento de R$ 150.103.073,47 em dividendos, equivalentes a R$ 0,4505 por ação, com base na posição acionária de 26 de julho de 2024. O pagamento será realizado em 13 de agosto de 2024.
A Eneva S.A. anunciou a realização de uma operação de cessão parcial de direitos creditórios com o Banco Bradesco. Nesta transação, a companhia antecipou recebíveis futuros relacionados à Receita Fixa dos Contratos de Comercialização de Energia da Usina Termelétrica Porto de Sergipe I, referentes ao período de janeiro de 2026 a fevereiro de 2030. O valor total da operação é de R$ 2,7 bilhões, com liquidação imediata e uma taxa de DI+1,3950% ao ano.
O Grupo Mateus anunciou a inauguração de um atacarejo em Caucaia, na região metropolitana de Fortaleza, Ceará. Com essa inauguração, o Grupo Mateus agora possui cinco lojas na região metropolitana de Fortaleza e 13 operações no estado do Ceará.
A Telefônica Brasil S.A. comunicou que, devido ao seu Programa de Recompra de Ações, o valor unitário dos Juros Sobre Capital Próprio (JCP) declarados em 15 de julho de 2024 foi recalculado. Após o recálculo, o valor bruto por ação foi ajustado para R$ 0,39562415244, com valor líquido de R$ 0,33628052957.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) anunciou nesta sexta-feira (26/7) que a bandeira tarifária será verde em agosto. Com a sinalização, as contas de energia elétrica dos consumidores não terão custo extra neste próximo mês.
A XP espera que a PetroReconcavo apresente resultados melhores sequencialmente, devido à estabilização da produção em relação ao trimestre anterior, juntamente com o impacto positivo da desvalorização do real brasileiro – resultando em preços mais altos do Brent denominados em moeda local (R$ 445 BRL/bbl, aumento de 8% em relação ao trimestre anterior).
O McDonald’s reportou lucro líquido de US$ 2,022 bilhões no segundo trimestre deste ano, o que representa uma queda de 12% ante o mesmo período do ano anterior. Na mesma base de comparação, a receita somou US$ 6,490 bilhões, uma redução de 0,12%.
A empresa de fast-food observou uma diminuição nos pedidos dos clientes nos Estados Unidos em comparação ao ano anterior, resultando em uma queda de quase 1% nas vendas nas mesmas lojas. No entanto, aumentos de preços ajudaram a compensar as vendas mais fracas no mercado norte-americano.
Camila Brunelli e Dylan Della Pasqua / Safras News
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