RADAR DO DIA: PIB do Brasil; Emprego nos EUA; Taxação de compras internacionais

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. A semana será marcada pela divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro
trimestre, na terça-feira (4), do relatório de emprego payroll, nos Estados Unidos, referente a maio, na sexta-feira (7), pelos dados de abril da produção industrial brasileira, na quarta-feira (5), e pela decisão de política monetária na zona do euro (Banco Central Europeu), na quinta-feira (6).

Analistas acreditam que o PIB brasileiro deve crescer entre 0,7% e 1%, em relação ao quarto trimestre de 2023. Na comparação anual, a alta deve ficar em 2,2%. Para a produção industrial, a expectativa é de uma nova alta, desta vez de 0,7%. Em março, a produção industrial teve alta de 0,9% em março ante fevereiro, depois de ter recuado 0,3% no mês imediatamente anterior. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos 12 meses, avançou 0,7% em março, reduzindo a intensidade de crescimento em relação ao resultado de fevereiro (1%).

Nos Estados Unidos, além do relatório payroll, outros dois indicadores – ADP e Jolts – também irão mostrar como anda o mercado de trabalho. Após o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês), indicador de inflação preferido do Federal Reserve (Fed), ter subido 0,3% em abril na comparação mensal, e 2,7% em relação ao mesmo período de 2023, o mercado continua apostando em uma queda nos juros em setembro, e a manutenção da taxa na próxima reunião do Fed, em 12 de junho.

Hoje foram divulgados os números da produção industrial do Japão, China, Alemanha e Reino Unido. O índice dos gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) sobre a atividade industrial do Japão subiu para 50,4 pontos em maio, acima do 49,6 pontos de abril. Na China, o índice subiu para 51,7 pontos em maio, acima dos 51,4 pontos em abril. Na Alemanha, o índice subiu para 45,4 pontos em maio, acima dos 42,5 pontos em abril. No Reino Unido, o índice avançou de 49,1 em abril para 51,2 pontos em maio.

Por aqui, após a confirmação da taxação de 20% sobre o valor de compras importadas até US$ 50, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não deve vetar a taxação, já que a alíquota foi fixada em um amplo acordo envolvendo todos os partidos.

Alckmin ressaltou que a medida atende parcialmente à indústria nacional, pois a alíquota a ser cobrada nas compras internacionais é similar ao Pis/Cofins pago pelos fabricantes brasileiros. O texto ainda precisa ser analisado pelo Senado.

Sobre o imposto de importação de 20% sobre as mercadorias de até US$ 50, o projeto também prevê que compras acima deste valor e até US$ 3 mil (cerca de R$ 16,5 mil) terão imposto de 60%, com desconto de US$ 20 do tributo a pagar (cerca de R$ 110). Em agosto do ano passado, no âmbito do programa Remessa Conforme, o governo federal isentou do Imposto de Importação as compras internacionais de pessoas físicas abaixo de US$ 50 dólares (cerca de R$ 250), no caso de empresa que aderir ao programa, uma espécie de plano de conformidade que regularizou essas transações. O relator excluiu trecho de um decreto-lei sobre o tema que permitiu à Fazenda aplicar essa isenção. No entanto, o trecho excluído fazia referência a importações apenas por pessoas físicas.

Na manhã de hoje foi divulgado o boletim Focus com as previsões de instituições financeiras ouvidas pelo Banco Central do Brasil. Para o IPCA, a expectativa para 2024 passou de 3,86% para 3,88%. Para 2025, a previsão subiu de 3,75% para 3,77%. Sobre a taxa Selic, a previsão para este ano passou de 10% para 10,25%. Para 2025, a previsão passou de 9% para 9,18%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB), a previsão para 2024 ficou estável em 2,05%. Em 2025, a previsão para o PIB manteve a estabilidade, chegando a 2%. Para o dólar, a previsões para 2024 segue em R$ 5,05. Para o ano que vem, a previsão é a mesma da semana passada, ou seja, R$ 5,05.

No setor corporativo, a Eletrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou a criação do Comitê de Sustentabilidade, de caráter permanente, que receberá todas as
atribuições vinculadas ao tema sustentabilidade, atualmente previstas no âmbito de atuação do Comitê de Estratégia, Governança e Sustentabilidade.

A Gol informou que seu Conselho de administração aprovou a eleição de Eduardo Guardiano Leme Gotilla como Diretor Vice-Presidente Financeiro (CFO) e Diretor de Relações com Investidores (DRI), em substituição a Mario Tsuwei Liao, a partir de 3 de junho de 2024, considerando seu pedido de renúncia apresentado nesta data.

Em relatório operacional mensal contendo informações financeiras para o período de 1 a 30 de abril de 2024 apresentado ao ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, conforme exigido durante seu processo de Chapter 11, a Gol reportou prejuízo líquido de -US$ 76 milhões ( -R$ 395 milhões) e e dívida líquida de US$ 4,507 bilhões (R$ 23,310 bilhões).