RADAR DO DIA: PPI nos EUA; reforma tributária no Congresso; Campos Neto na Câmara

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Notas de dólar // Créditos: Pexels/Karolina Grabowska

São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O mercado aguarda hoje a divulgação do o índice de preços ao produtor (PPI) de julho, nos
Estados Unidos. Em junho, o PPI registrou alta de 0,2%, acima da expectativa dos analistas, que esperavam alta de 0,1%. Em maio, o indicador recuou 0,2%. Nos últimos 12 meses, o PPI avançou 2,6%. Já o núcleo do PPI (exclui itens voláteis como energia, alimentos e comércio) ficou estável em junhos. Nos 12 meses encerrados em junho, o índice subiu 3,1%.

Além do PPI, investidores também esperam com expectativa os números do índice de preços ao consumidor (CPI), que serão conhecidos amanhã (14). Os dados vão mostrar como anda a inflação no país, que tem se mostrado controlada nos últimos meses. Em junho, o índice de preços para os gastos pessoais (PCE) subiu 0,1% em junho na comparação mensal, depois manter estabilidade em base mensal em maio. Na comparação anual, o índice subiu 2,5% em junho, ante alta de 2,6% em maio. Assim como o CPI, o PCE é outro indicador usado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para respaldar sua decisão sobre os juros.

No último sábado (10), a governadora do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Michelle Bowman, disse que a inflação, mesmo em tendência de queda, ainda está acima da meta do banco. “Embora tenhamos observado uma redução da inflação em maio e junho, a inflação núcleo ainda apresentou uma média anualizada de 3,4% no primeiro semestre do ano. Como as restrições de oferta se normalizaram, não estou confiante de que a inflação diminuirá tão significativamente quanto na segunda metade do ano passado. A inflação continua a pesar sobre a sensação de bem-estar dos consumidores, especialmente entre as famílias de baixa e média renda, que foram mais
afetadas pelos aumentos de preços em alimentos, energia e serviços habitacionais”, disse.

A governadora do Fed destacou ainda que o mercado de trabalho continua a se ajustar, com o número de trabalhadores disponíveis aumentando e o número de vagas de emprego diminuindo, indicando um melhor equilíbrio no mercado de trabalho. O crescimento do emprego desacelerou no segundo trimestre e caiu para um ritmo mais modesto em julho, enquanto o número de vagas está sendo preenchido pela oferta crescente de trabalho imigrante.

Em Brasília, a Câmara dos Deputados aprovou o regime de urgência para o Projeto de Lei
Complementar (PLP) 108/24, o segundo texto de regulamentação da reforma tributária, contendo detalhes da gestão do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), de seu comitê gestor, da partição de receitas do novo tributo, além de regulamentar o imposto incidente sobre doações e causa mortis e a contribuição de iluminação pública. A proposta começa a ser discutida pelo Plenário na sessão desta terça-feira (13).

O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24), que regulamenta o IBS e a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS), foi aprovado pela Câmara em julho e aguarda agora a análise do Senado. Criado para substituir o ICMS (estadual) e o ISS (municipal), o IBS será gerido pelo Comitê Gestor do IBS (CG-IBS), que reunirá representantes de todos os entes federados para coordenar a arrecadação, a fiscalização, a cobrança e a distribuição desse imposto aos entes federados, elaborar a metodologia e o cálculo da alíquota; entre outras atribuições.

O mercado também fica de olho na audiência pública do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Finanças e Tributação (CFT) da Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, às 10h.

A temporada de balanços termina nesta semana, com a divulgação dos resultados do segundo trimestre das companhias Allos, Bradespar, BTG Pactual, Cemig, CSN, Grupo Soma, Eneva, JBS, Raízen, BRF, Marfrig, Petz, Rede D’Or, OI, Rumo, Azzas, Cosan, entre outras.

No setor corporativo, a Virgin Australia anunciou a compra de oito jatos E190-E2 da Embraer como parte de seu plano de renovação de frota. Os novos aviões substituirão os modelos Fokker atualmente em operação. A entrega dos jatos está prevista para começar no segundo semestre de 2025, e as aeronaves serão baseadas em Perth, na Austrália Ocidental, operadas pela Virgin Australia Regional Airlines.

O lucro líquido da São Martinho caiu 0,6% no primeiro trimestre de 2024 em comparação com o mesmo período de 2023, para R$ 220,3 milhões, em linha com mesmo período da safra anterior representando uma margem de 16,3%.

A Cogna recebeu comunicado da BlackRock, Inc., sobre a alienação da participação acionária, passando a deter 7,620% total de ações ordinárias emitidas pela companhia, totalizando 143.009.392 ações ordinárias e 91.605.033 instrumentos financeiros derivativos referenciados em ações ordinárias, representando aproximadamente 4,881% do total de ações ordinárias emitidas pela companhia.

A CSN Mineração divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com o lucro líquido de R$ 1,507 bilhão, o que representa um aumento de 170,2% em relação ao primeiro trimestre deste ano e reflete o desempenho operacional mais forte registrado no período somado aos efeitos positivos das operações de hedge de minério e da variação cambial.

A CSN divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com prejuízo de R$ 223 milhões, revertendo o lucro de R$ 283 milhões registrado no mesmo período do ano passado (2T23). Na comparação com o primeiro trimestre, o prejuízo recuou 53,6%, como consequência do aumento das despesas financeiras e da maior incidência de impostos referentes ao desempenho das subsidiárias, impactando diretamente a linha de Imposto de Renda e Contribuição Social e compensando a melhora operacional verificada no período.

A Natura divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com prejuízo líquido de R$ 858,9 milhões, alta de 17,4% na comparação com o prejuízo líquido registrado no mesmo período do ano passado (2T23). Na comparação semestral, o prejuízo líquido cresceu 29,6%, chegando a R$ 1,7 bilhão negativo no primeiro semestre de 2024.

A Taesa divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido IFRS de R$ 403 milhões, alta de 81,9% em comparação ao mesmo período de 2023 (2T23). No primeiro semestre de 2024, o lucro líquido IFRS fechou em R$ 777,8 milhões, 28,6% maior que o mesmo período de 2022. Já o lucro líquido regulatório somou R$ 294 milhões, apresentando um aumento anual de 22,9% em comparação com o mesmo período de 2023 (2T23). Na comparação semestral, o Lucro Líquido Regulatório cresceu 8,1%, fechando o primeiro semestre de 2024 em R$ 483,5 milhões.

A Taesa informou que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 223,2 milhões a título de dividendos intercalares e juros sobre capital próprio (JCP), com base no lucro distribuível apurado no primeiro semestre de 2024. O valor dos dividendos intercalares por Unit TAEE11 é R$ 0,30502950951. O valor dos JCP por Unit TAEE11 é R$ 0,34309455648. O pagamento dos proventos ocorrerá no dia 27 de novembro de 2024.

O grupo MRV&Co divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com prejuízo consolidado de R$ 71,3 milhões, revertendo o lucro de R$ 181 milhões registrado no mesmo período de 2023. Na comparação semestral, a companhia fechou com prejuízo de R$ 240 milhões, revertendo o lucro de R$ 211 milhões do primeiro semestre de 2023. A receita operacional líquida foi de R$ 2,29 bilhões, acima dos R$ 845 milhões do mesmo período do ano passado. Na comparação semestral, a receita operacional foi de R$ 4,192 bilhões, superior ao resultado do primeiro semestre de 2023, que fechou em R$ 3,515 bilhões.

O Itaúsa divulgou na noite de ontem (12) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 3,7 bilhões, alta de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano passado (2T23). Na comparação semestral, lucro líquido cresceu 13,2% no primeiro semestre, chegando a R$ 7,23 bilhões. O retorno sobe o patrimônio (ROE) sobre o PL médio foi de 18,3%, recuando 0,8 ponto percentual. Na comparação semestral, o ROE avançou 0,4 ponto percentual, fechando em 17,6%.