São Paulo – A Raízen, joint venture entre Cosan e Shell, registrou um lucro líquido ajustado de R$ 527 milhões no primeiro trimestre do ano-safra 2023-24 (1T 23’24), 51,5% abaixo do registrado no mesmo período do ano-safra 2022-23. A companhia atribuiu o arrefecimento ao desempenho operacional, que foi parcialmente compensado pelo reconhecimento dos créditos tributários.
A receita operacional líquida foi de R$ 48,8 bilhões, em baixa de 26,3% em relação ao apurado no mesmo período do ano-safra anterior.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ebitda) ajustado foi de R$ 3,3 bilhões, recuo de 10,6% na comparação com o resultado do mesmo período de 2022-23.
No segmento de Renováveis, a receita operacional líquida foi de R$9,9 bilhões, 38,6% abaixo do apurado no mesmo período do ano-safra anterior.
Em Mobilidade, a receita op. líquida totalizou R$ 40,1 bilhões, queda de 28,3% na comparação anual. O ebitda do segmento foi de R$ 2,1 bilhões, alta de 20% na comparação com o mesmo período de 2022-23.
Já no segmento de Açúcar, a receita operacional líquida foi de R$ 5,4 bilhões, 40,5% inferior ao mesmo período da safra anterior. Neste segmento, o ebitda alcançou R$ 1,2 bilhão, o dobro de um ano antes.
O trimestre foi encerrado com uma dívida líquida de R$ 29,35 bilhões, 26,6% maior que a registrada no mesmo intervalo do ano-safra 2022-23.
A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, passou de 1,9 vez para 2,0 vezes.
Os investimentos da companhia foram 19,4% superiores a um ano antes, de R$ 2,2 bilhões no 1T23’24.
“Mantivemos o foco em nosso ciclo de expansão dos negócios em Renováveis, consolidando avanços em nossa jornada agroindustrial para maximizar produtividade e escala. Mesmo em um ciclo intenso de investimentos, nossa estrutura de capital está coerente com a sazonalidade do período, com níveis prudenciais de liquidez, prazo médio de endividamento e alavancagem em aderência ao plano de negócios da Raízen”, disse a administração da empresa, no relatório.
