Raízen diz que alavancagem foi impactada por parada em refinaria na Argentina e quer chegar a 1,8x

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São Paulo – A Raízen quer chegar a uma moagem de 80 milhões ao final do ano-safra de 2023, segundo o CEO da companhia, Ricardo Mussa, informou na apresentação de resultados. Além disso, ele contou que que quer diminuir a alavancagem da companhia de 2,5x para 1,6 – 1,8x, o que ele considera possível, já os resultados apresentados foram bastante impactados pela parada programada da refinaria da Argentina e o vencimento da dívida. “Tivemos que levantar uma quantidade considerável de capital de giro para atender a essa demanda.” A Refinaria da Argentina, agora, deve contar com maior produtividade e menores custos operacionais, segundo o executivo.

A Raízen quer, ainda, aumentar a sua área de cobertura de plantio de cana-de-açucar, que fora reduzida, segundo Mussa, por uma escolha da companhia. “O etanol e o açucar são os principais componentes para a expansão dos resultados, com melhores preços, por conta da qualidade da nossa cana-de-açúcar, especialmente do primeiro e segundo corte, diz Mussa.”

Os executivos contaram que estão aumentando a disponibilidade de produtos especiais – como a Shell VPower -, com maior valor agregado, e que a equipe se esmera para levar o produto ao destino final, ao passo que, com a Guerra na Ucrânia, os preços ficaram mais altos. “Estamos atentos ao Guidance e estamos muito confiantes que vamos entregar. Mussa disse, ainda, que estima que as exportações aumentem, mas não falou em números. Disse, ainda que os custos operacionais devem ficam em linha com os apresentados, ou até cair.

O CFO, Carlos Alberto Moura completou “Estamos falando deR$ 400 bilhões que veio da sazonalidade de hedge, e vamos ter um efeito de hedge melhor para o próximo trimestre, com melhora dos resultados para o ano que vem.” Os executivos falaram bastante da sazonalidade e das fortes chuvas que atingiram as colheitas em janeiro, impactando os resultados do trimestre.

Neste trimestre tivemos um ambiente de negócios mais desafiador, por conta da demanda da Copa do Mundo, além de mais concorrentes em combustíveis no mercado.” Mesmo assim, ele conta que adicionaram à sua carteira de clientes 192 postos nos últimos 12 meses e já bateram a meta de 1 bilhão de litros de etanol.

Alcançamos o maior nível de satisfação geral da história da companhia: 96% dos mais de 400 clientes que utilizam nosso serviço de entrega e abastecimento de terminais”, concluiu.