Raízen reverte lucro e registra prejuízo no 2° trimestre da safra 2024/2025

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São Paulo, SP – A Raízen divulgou o balanço do do segundo trimestre, safra 2024/2025 (2T25), com prejuízo líquido de R$ 158,3 milhões, revertendo o lucro líquido de R$ 28,4 milhões registrado no período de 2T24, e R$ 907,5 milhões nos primeiros 6 meses da safra
(6M24/25), alta de 29,7% na comparação ao 6M23/24.

Segundo a companhia, o resultado é decorrente da menor geração de lucro bruto, em função da queda das margens em Mobilidade e Renováveis, mesmo com redução das despesas gerais e administrativas. A maior despesa contábil de imposto de renda, em função do diferencial momentâneo de resultados entre os veículos legais do grupo, também contribuiu para este resultado. Além disso, a sazonalidade na comercialização, principalmente etanol, e maior despesa contábil, compensando parcialmente pelos avanços na venda de açúcar e redução das despesas corporativas.

O Ebitda foi de R$ 4,619 bilhões, alta de 6,4% em relação ao 2T24, e R$ 9,330 bilhões no
acumulado da safra, alta de 10,1% em relação ao 6M24. A companhia informou que o aumento do Ebitda reflete a evolução dos resultados de Açúcar no trimestre, compensada pelo desempenho inferior em Mobilidade e Renováveis, alinhado à construção de estoque para venda futura com expectativa de preços mais atrativos. Adicionalmente, na visão anual, cabe ressaltar a forte base de comparação de Mobilidade e no segmento Corporação, que foi positivamente impactado pelo reconhecimento de créditos fiscais.

Já o Ebitda ajustado foi de R$ 3,662 bilhões, queda de 1,7% em relação ao 2T24, e R$ 6,992 bilhões 8no acumulado da safra, queda de 14,5% em relação ao 6M24.

A receita líquida foi de R$ 72,909 bilhões no 2T25, alta de 22,6% na comparação com o 2T24, e R$ 130,669 bilhões nos primeiros 6 meses da safra (6M24/25), alta de 20,7% na comparação ao 6M23/24. O aumento é reflexo dos avanços no ritmo de comercialização de açúcar e etanol, bem como o comportamento de volumes e preços de combustíveis em Mobilidade.

O Retorno sobre capital empregado (ROACE) foi de 13% nos primeiros seis meses da safra, queda de 7 pontos percentuais em comparação com a safra 2023/2024.

A Raízen registrou crescimento de 53,61% nas vendas de açúcar, totalizando 5,017 milhões de toneladas, acima da quantidade comercializada no 2T24, que foi de 3,266 milhões de toneladas. As vendas de etanol também cresceram 25,21%, refletindo a demanda pelo biocombustível, chegando a 1,758 milhão de toneladas do biocombustível.

A dívida líquida encerrou o trimestre com aumento em função da sazonalidade típica de início de safra, que demanda maior consumo de caixa com capital de giro e CAPEX. A alavancagem líquida totalizou 2,6x de acordo com a rela o D ida quida/ TDA ajustado
dos ltimos 12 meses e reflete a sazonalidade do período. “Reforçamos nosso compromisso de manutenção do grau de investimento e redução da alavancagem ao final do ano safra, principalmente pela comercialização dos estoques de açúcar e etanol ao longo da safra. A posição de caixa e equivalentes de caixa, incluindo Títulos e Valores Mobiliários, atingiu R$ 12 bilhões, mantendo o nível de liquidez adequado a nossa operação”, explicou a Raízen.

O companhia informou que Ricardo Dell Aquila Mussa e Carlos Alberto Bezerra de Moura permanecerão em seus cargos até o dia 13 de novembro de 2024. Com isso, Nelson Gomes e Rafael Bergman assumirão seus cargos em 14 de novembro de 2024.