Receita do setor de serviços tem maior queda mensal desde 2018

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São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), caiu 1,0% em fevereiro em relação a janeiro, com o pior resultado desde julho de 2018 (-3,1%), conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já em relação a fevereiro de 2019, o volume de serviços avançou 0,7%, alcançando a sexta taxa positiva consecutiva nesse tipo de confronto. Com isso, o setor de serviços acumula alta de 0,7% nos últimos 12 meses, até fevereiro.

Em base mensal, três das cinco atividades pesquisadas registraram queda, com destaque negativo para serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,9%) – no qual acumula perdas de 3,0% nos últimos três meses – seguido por informação e comunicação (-0,5%) – com recuo de 1,3% nos dois primeiros meses do ano. O setor de serviços prestados às famílias caiu -0,1%. Na outra ponta, as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio e de outros serviços subiram 0,4% e 0,2%, respectivamente.

“Diferentemente do que se observava no final de 2019, mostrando um início de recuperação, há um grande predomínio de taxas negativas nos últimos meses”, comenta o gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo.

Ele acrescenta que a taxa positiva de outros serviços mostra o desempenho do setor que teve cinco taxas positivas e uma estabilidade nos últimos seis meses. “É um setor que tem mostrado grande dinamismo, em geral impulsionado pela parte de serviços financeiros e auxiliares. Em fevereiro, o que acabou impulsionando foi a coleta de lixo comum”, avalia.

Na comparação anual, três das cinco atividades pesquisadas registraram alta, sendo destaques positivos outros serviços avançou 9,3%, seguido por transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+1,8%). O setor serviços prestados às famílias cresceu 4,1% no período influenciado pelo acréscimo de receita vindo das empresas dos segmentos de hotéis, restaurantes, parques de diversão e temáticos e atividades de condicionamento físico.

Em contrapartida, os serviços profissionais, administrativos e complementares e de informação e comunicação recuaram 3,4% e 0,4%, respectivamente.