São Paulo, 15 de março de 2021 – A Agencia Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) fará uma reunião no dia 18 de março sobre a vacina contra covid-19 desenvolvida pela AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, enquanto investiga casos de coágulos sanguíneos em pessoas que receberam o imunizante.
Segundo a agência, em comunicado, eventos envolvendo coágulos sanguíneos, alguns com características incomuns, como baixo número de plaquetas, ocorreram em “um número muito pequeno de pessoas que receberam a vacina” da AstraZeneca.
O regulador disse que milhares de pessoas desenvolvem estes coágulos sanguíneos por diferentes razões. “O número geral de eventos tromboembólicos em pessoas vacinadas não parece ser maior do que o observado na população em geral”, de acordo com a nota.
“Os especialistas estão analisando detalhadamente todos os dados disponíveis e as circunstâncias clínicas em torno de casos específicos para determinar se a vacina pode ter contribuído ou se o evento provavelmente foi devido a outras causas”.
Assim, o comitê de segurança da EMA “revisará as informações amanhã e convocou uma reunião extraordinária na quinta-feira, 18 de março, para concluir sobre as informações coletadas e quaisquer ações adicionais que possam ser necessárias”.
A agência disse ainda que está trabalhando em estreita colaboração com a AstraZeneca, especialistas em doenças do sangue e outras autoridades de saúde, incluindo o regulador do Reino Unido, “com base em sua experiência com cerca de 11 milhões de doses administradas da vacina”.
Na quinta-feira passada, a EMA havia dito que investiga os casos de coágulos, e que a posição do comitê de segurança é de que “os benefícios da vacina continuam a superar seus riscos e a vacina pode continuar a ser administrada enquanto a investigação de casos de eventos tromboembólicos está em andamento”.
A Alemanha, França e Itália somaram-se hoje a outros países europeus que já haviam interrompido temporariamente o uso da vacina AstraZeneca após cerca de 30 casos de formação de coágulos sanguíneos em pacientes imunizados, além de uma morte por trombose.