Reino Unido é o primeiro país ocidental a iniciar vacinação contra covid-19

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São Paulo — O Reino Unido se tornou o primeiro país ocidental a começar a distribuir uma vacina contra a covid-19 para sua população. Uma mulher de 90 anos foi a primeira a receber uma dose.

Menos de uma semana depois que a Grã-Bretanha concedeu autorização de uso de emergência para as vacinas desenvolvidas pela Pfizer Inc. e pela BioNTech SE da Alemanha, as primeiras pessoas designadas para a vacina começaram a recebê-la em todo o Reino Unido.

Pessoas com mais de 80 anos, trabalhadores em lares de idosos e outras equipes de saúde de alto risco possuem a preferência, constituindo um grupo de quase seis milhões. A implantação está sendo paga pelo Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês).

Maggie Keenan, de 90 anos, foi a primeira a receber a vacina como parte do programa, segundo o NHS.

O Reino Unido encomendou 40 milhões de doses da vacina, mas o processo de entrega da nova injeção restringiu o primeiro estágio da implantação a 50 centros hospitalares na Inglaterra e em um pequeno número de outros locais no resto do Reino Unido

Mais de 60 mil pessoas morreram do vírus no Reino Unido, com pelo menos 17 mil delas entre residentes de lares de idosos na Inglaterra e no País de Gales, de acordo com o Office for National Statistics.

As injeções usam uma nova tecnologia chamada mRNA, que carrega instruções genéticas para as células e deve ser armazenada a -70 graus Celsius para manter sua integridade.

Depois de descongelada, a vacina pode ser usada em cinco dias, se mantida entre 2 e 8 graus Celsius, diz a Pfizer. Em temperatura ambiente, essa janela encolhe para duas horas, segundo dados da farmacêutica.