São Paulo – A Lojas Renner divulgou na noite de ontem o balanço do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido foi de R$ 191,6 milhões, forte crescimento após o prejuízo de R$ 147,7 milhões ocorrido no primeiro trimestre de 2021. As vendas cresceram 63% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e 35% em comparação ao primeiro trimestre de 2019.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) total ajustado da Renner chegou a R$ 383,2 milhões, alta de 1.105% em relação aos R$ 31,8 milhões do primeiro trimestre de 2021.
A margem Ebitda total ajustada subiu 14,9% em comparação ao mesmo período de 2021, chegando a 17,2% no primeiro trimestre de 2022.
A receita líquida somou R$ 2,2 bilhões, crescimento de 63,4% em relação ao primeiro trimestre de 2021. Segundo o relatório, o resultado é reflexo da melhor geração operacional dos segmentos da companhia, quanto da menor alíquota efetiva de IR&CS, beneficiada pelo maior valor deliberado de juros sobre o capital próprio, bem como por incentivos fiscais considerados como subvenção para investimento.
Os investimentos no primeiro trimestre de 2022 foram de R$ 114,7 milhões, uma redução de 56,5% em comparação ao mesmo período de 2021, que somou investimento da ordem de R$ 264 milhões).
Segundo a companhia, a redução é reflexo da redução em novas lojas e centros de distribuição. Em função da postergação de novas lojas em 2020, houve a concentração excepcional de inaugurações no primeiro semestre de 2021.
“No segundo semestre de 2022, haverá uma normalização do cronograma de inaugurações, o que gerou um menor nível de desembolsos no primeiro trimestre de 2022. Adicionalmente, os desembolsos relacionados ao novo Centro de Distribuição na cidade de Cabreúva, SP, foram menores dado o cronograma de construção”, detalhou o balanço.
O resultado financeiro líquido foi positivo em R$ 17 milhões em comparação com o valor negativo de R$ 78,2 milhões no primeiro trimestre de 2021, principalmente em função dos rendimentos sobre uma posição de equivalentes de caixa superior ao período anterior.
O primeiro trimestre fechou com 5,6 milhões de cartões ativos, que representaram 34,7% das vendas de varejo, queda de 0,9 p.p. A redução em comparação ao primeiro trimestre de 2021 é reflexo da maior competitividade do segmento de crédito.
“A recomposição gradual da base de clientes, prejudicada ao longo da pandemia, bem como as iniciativas para maior atratividade dos cartões Renner, as quais combinadas, têm ajudado a reduzir o gap sequencialmente”, explicou a companhia.
O aumento no resultado de serviços financeiros é fruto de melhores receitas, impulsionadas pelos maiores volumes de carteira, com aumento nas vendas, bem como do maior spending no Meu Cartão, dada a estratégia de priorização da oferta deste produto.