São Paulo – Os líderes republicanos da Câmara dos Deputados cancelaram na sexta-feira o recesso planejado de duas semanas, pois um fechamento do governo parecia mais provável depois que falharam na aprovação de um projeto de lei de gastos de curto prazo com menos de dois dias para evitar o fechamento do governo.
O presidente da Câmara, Kevin McCarthy, , informou a bancada republicana sobre o cancelamento da pausa em uma reunião a portas fechadas, depois que mais de 20 republicanos o constrangeram ao votar com os democratas para derrotar o projeto de lei.
Os republicanos que se uniram aos democratas contra a medida incluíram vários dos antagonistas mais francos de McCarthy, como o deputado Matt Gaetz, da Flórida, e Andy Biggs e Eli Crane, do Arizona, e outros conservadores linha-dura.
Mesmo se o projeto de lei tivesse sido aprovado, estava fadado ao fracasso no Senado, onde os democratas têm maioria.
O governo está programado para fechar à 2h01 (de Brasília) de domingo se um projeto de lei de financiamento não for aprovado por ambas as câmaras do Congresso e assinado pelo presidente Joe Biden.
O Senado avançou facilmente com um projeto de lei para financiar o governo até 17 de novembro. O líder da maioria no Senado, Chuck Schumer, criticou McCarthy hoje por apresentar um projeto de lei que visava acalmar os conservadores, mas que acabou não sendo aprovado.
“Agradar à extrema direita é tão fútil quanto tentar pregar gelatina na parede, e quanto mais o presidente da Câmara tenta, mais confusão ele cria”, disse Schumer. “E essa confusão vai prejudicar mais os americanos.”
“Espero que o presidente da Câmara saia da armadilha em que se colocou e pare de ceder aos cerca de 30 extremistas que estão comandando a situação na Câmara”, disse Schumer. “Senhor presidente, o tempo está quase acabando.”
Os líderes republicanos da Câmara informaram aos membros que haveria votos no sábado. Mas o anúncio alimentou as esperanças tanto dos republicanos moderados quanto dos democratas de que McCarthy poderia concordar em realizar uma votação sobre o projeto de lei bipartidário do Senado para financiar o governo.
