São Paulo – O UBS afirmou que o fim da isenção fiscal no certificado de operações estruturadas é o risco mais significativo para os bancos na reforma tributária proposta pelo governo, seguido de um imposto sobre dividendos. Por outro lado, um imposto menor sobre salários poderia ter um impacto positivo sobre os ganhos das instituições.
“Acreditamos que os impostos pagos pelos bancos podem aumentar ainda mais durante a reforma tributária. No entanto, pelo menos parte deste aumento é provável que seja repassado por meio de spreads, mitigando parte dos efeitos negativos de aumento de impostos”, diz o relatório.
Pelos cálculos do UBS, os cinco principais bancos brasileiros possuíam um escudo fiscal de operações estruturadas de cerca de R$ 12 bilhões em 2019.
“Estimamos que o término da isenção tributária das operações reduziria os ganhos dos bancos em cerca de 12%”.
Em relação aos dividendos, o banco diz que uma taxa de 33%, por exemplo, e um imposto de 20% sobre dividendos exigiria uma redução de 4% na taxa efetiva de imposto para ter um impacto neutro.
“Não esperamos que possíveis impostos sobre transações financeiras tenham um impacto material sobre ganhos dos bancos. Um efeito colateral negativo seria de maior uso do dinheiro, o que não é bom para bancos. Um aumento adicional no imposto de contribuição social (CSLL) reduziria ganhos dos bancos”.