São Paulo – O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a reunião com o presidente Luís Inácio Lula da Silva e ministros, nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, foi “construtiva e versou sobre os planos de investimento, projetos e obras já aprovados”.
“A reunião de toda a diretoria executiva da Petrobras com o Presidente Lula, os Ministros da Casa Civil, Rui Costa, e de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, foi alvissareira e construtiva, e versou sobre os planos de investimento, projetos e obras já aprovados, com os quais a estatal brasileira de energia vai contribuir para a estabilidade econômica, atração de mais investimentos, geração de emprego e combate às desigualdades no Brasil”, escreveu o CEO a pouco, em postagem em rede social.
Em meio a discordâncias com o ministro Alexandre Silveira, Prates sinalizou uma possível trégua. “A transição energética justa se faz assim: todos irmanados, sob a liderança do nosso Presidente, por um Brasil mais justo e mais forte!”, acrescentou.
Da diretoria Petrobras, também participaram da reunião: Carlos Travassos (Engenharia, Tecnologia e Inovação), Clarice Coppetti (Corporativo), Claudio Schlosser (Logística, Comercialização e Mercados), Joelson Mendes ( E&P), Mário Spinelli (Governança), Mauricio Tolmasquim (Transição Energética e Sustentabilidade), Sérgio Caetano (Financeiro) e William França (Processos Industriais e Produtos).
FOZ DO AMAZONAS
Ontem (31/8), em outra postagem, Prates disse que em meio a uma “campanha de desestabilização da atual gestão da Petrobras”, nesta semana houve a acusação caluniosa de que o comando da empresa não estaria sendo enfático na defesa da campanha exploratória da Foz do Amazonas.
“Como em outros assuntos, tentam criar crise onde não há. O projeto vem sendo enfática e diligentemente defendido nos devidos fóruns e instâncias. E pErante a opinião pública também nos posicionamos claramente desde abril”, escreveu o presidente da Petrobras.
Ele ressaltou que um pedido de licenciamento socioambiental relativo a um projeto como a perfuração de um poço pioneiro em nova fronteira exploratória como a Foz do Amazonas requer “muita responsabilidade e respeito aos órgãos ambientais envolvidos, às comunidades e aos governos locais.”
Ele explicou que a proposta da Petrobras para a margem Equatorial começa por um conjunto de poços investigativos em fila. “Uma mesma sonda deverá perfurá-los à medida que cada licenciamento for sendo concluído.”
Prates disse que toda a atuação da atual gestão frente à empresa “é pautada no comprometimento com o desenvolvimento responsável e sustentável” do país.
PREÇOS DOS COMBUSTIVEIS
Ainda nesta segunda-feira (31/7), a companhia também divulgou um comunicado sobre a sua política de preços de combustíveis, que também vendo sendo alvo de críticas por estar se distanciando dos preços praticados no exterior, segundo analistas do mercado. A empresa disse que “tem observado com atenção os desdobramentos do mercado internacional de petróleo e seu impacto sobre o mercado brasileiro.”
“A companhia reitera que ajustes de preços de produtos são realizados no curso normal de seus negócios, em razão do contínuo monitoramento dos mercados, o que compreende, dentre outros procedimentos, análise de preços competitivos por polo de venda, em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, levando em consideração a melhor alternativa acessível aos clientes”, diz o comunicado.
A Petrobras lembra que, conforme divulgou em 16 de maio, “a Estratégia Comercial de diesel e gasolina permite à Petrobras competir de forma mais eficiente, levando em consideração a sua participação no mercado, para otimização dos seus ativos de refino, e a rentabilidade de maneira sustentável. Os reajustes continuam sendo feitos sem periodicidade definida, evitando o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio.”
A Petrobras destaca que “o momento é de grande incerteza quanto à recuperação da economia global, o que influencia diretamente a demanda por energia, e quanto à oferta de petróleo e de combustíveis, de uma maneira geral. Essa combinação, no curtíssimo prazo, levou a uma elevação dos preços de referência e da volatilidade. Ao mesmo tempo, observa-se um aumento do fluxo de combustíveis oriundos da Rússia para o Brasil.”
“Nesse contexto, a Petrobras tem observado com atenção os desdobramentos dos fundamentos do mercado global, assim como seu impacto no Brasil. Eventuais reajustes, quando necessários, serão realizados suportados por análises técnicas e independentes”, conclui o comunicado.