São Paulo – A Rumo apresentou prejuízo líquido de R$ 384 milhões no quarto trimestre de 2021, Em 2020, houve lucro de R$ 3 milhões no último trimestre. No consolidado dos 12 meses, a companhia teve lucro líquido de R$ 156 milhões, recuo de 48,9% na comparação com 2020.
Segundo o relatório da empresa, o resultado foi afetado pela quebra na safra de milho, um dos principais produtos transportados pela Rumo. O volume transportado em 2021 atingiu 64,0 bilhões de TKU, 2,5% acima do ano anterior.
Por outro lado, a empresa afirmou que a redução desse volume foi atenuada pelo ganho de market share e o melhor desempenho no transporte de combustível e fertilizantes, que cresceram 28,9% e 12,8%, respectivamente, além do início da operação na Malha Central.
A receita líquida somou R$ 1,512 bilhão, recuo de 9% em relação ao mesmo período de 2020. O lucro antes do juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) caiu 44,6%, totalizando R$ 419 milhões.
Já a margem Ebitda alcançou 27,7% no 4 trimestre de 2021, recuo de 17,8% na comparação com o último trimestre de 2020. No ano, o Ebitda foi de R$ 3,350 bilhões, recuo de 8,6%. Segundo a Rumo, o resultado é reflexo de uma tarifa menor diante da inflação, em especial sobre o combustível.
No relatório de resultados, o presidente João Alberto Abreu afirmou que a companhia teve avanços importantes na agenda regulatória com a assinatura do contrato da primeira ferrovia estadual de Mato Grosso. Serão 730 km de trilhos entre Rondonópolis e Lucas do Rio Verde.
“Seremos beneficiados pelo avanço na renovação da MRS, que trará a redução de 58% no direito de passagem cobrado da Rumo além de garantir investimentos e capacidade adicional para a Ferradura”, destacou o presidente.