Rússia está preparando ataque para próximos dias, diz Blinken

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São Paulo – O secretário de Estado norte-americano, Anthony Blinken, afirmou que a Rússia pretende atacar a Ucrânia nos próximos dias e que fará isso de forma organizada, produzindo um pretexto para justificar seu ato. Segundo ele, a resposta dos Estados Unidos será rápida e objetiva caso isso ocorra.
“Nos últimos meses, a Rússia colocou mais de 150 mil tropas em sua fronteira com a Ucrânia e preparou forças militares para um ataque. Mesmo assim, eles insistem que retiraram soldados e não vão realizar um ataque. O que falo aqui é resultado da observação do que está acontecendo exatamente agora na fronteira”, afirmou Blinken durante fala na sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a atual crise ucraniana.
De acordo com ele, o governo russo planeja atacar a Ucrânia de uma forma específica. “Nos próximos dias, vocês verão o plano que vou descrever aqui se desenrolar. Primeiro, a Rússia arranjará um pretexto para o ataque”, disse ele. Segundo Blinken, esse pretexto poderá ser ataques terroristas fabricados, ameaças inventadas ou qualquer tipo de acusação que possa justificar uma invasão em “defesa do povo russo”.
“Depois, eles fingirão fazer reuniões e tentativas de resoluções”, afirmou ele. “Mas eles já estão preparados. Então, depois, eles atacarão o país, na frente militar e na cibernética para deixar o país incomunicável e isolado”.
Blinken disse que “ninguém mais quer estar enganado sobre essa questão do que eles”, e caso nada disso se prove verdade “aceitaremos críticas”. No entanto, ele afirmou que o governo russo pode negar hoje e mais para frente que não fará nada disso, mas a preparação na fronteira mostra as verdadeiras intenções do país.
Por fim, Blinken pediu a retomada da resolução por meios diplomáticas, utilizando os dispositivos dos acordos de Minsk. “Pedi uma reunião com o ministro das Relações Exteriores russo na Europa e acredito que podemos resolver isso pela forma correta que é a diplomacia”, disse ele.
“No entanto, se a Rússia realmente escolher seguir pelo caminho da guerra, nós dos Estados Unidos e nossos aliados estamos prontos para responder de forma rápida e direta”, concluiu.