Sachs mantém recomendação de compra da Hapvida, mas reduz preço-alvo para 2025

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São Paulo,  SP – A Goldman Sachs divulgou um relatório com as perspectivas para a Hapvida em 2025, reduzindo o preço-alvo da ação de R$ 5 para R$ 4,3, diante do impacto de taxas mais altas tanto no resultado quanto no custo de capital, ajustando para baixo a previsão de adições líquidas em 2025, passando de 1,9% para 1,6%.

“A principal mudança em nosso modelo é o maior nível de taxas livres de risco que assumimos agora para 2025 (média de 14,2% vs. de 12,3%), pesando na estimativa de despesas financeiras para o ano e levando a uma nova previsão de lucro líquido ajustado de R$ 1,627 bilhão, queda de 11%”, explicou a Goldman, que ressaltou ainda que neste ano os reajustes dos planos devem ser inferiores (8,6% vs 9,1% em 2024), juntamente com o aumento de 7% no custo unitário, o o representa um MLR de caixa de 68,2% em 2025, 0,7 p.p inferior a 2024.

“Ao analisar os dados recentemente divulgados pela ANS, observamos uma desaceleração gradual no reajuste agregado de preços para planos corporativos. Calculamos que eles tenham desacelerado nos três meses até novembro (média de 3 meses de 10,8% vs 11,9% em junho a agosto e no LTM a novembro). Entre as modalidades de pagadores analisadas, vemos uma desaceleração mais forte do aumento de preços no tanto planos de saúde quanto seguradoras de saúde (para 10,3%/11,4% na média de 3 meses até novembro), 1,2 p.p. menor em comparação com a média de 2 meses até agosto”, apontou a Sachs, que manteve recomendação de compra.

O banco de investimentos manteve a recomendação de compra, com previsão de um P/L ajustado de 7x em 2025, que deve cobrir os resultados inferiores em termos operacionais e de judicialização e discussões regulatórias do setor. Além disso, o Sachs disse que a companhia deverá gerar um dos maiores rendimentos de FCF (11%) do setor, o que é particularmente relevante para empresas de saúde em 2025 em meio ao aumento das taxas no Brasil.