São Paulo – A safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas em 2021 deve chegar a um novo recorde na produção de grãos, somando 264,5 milhões de toneladas, o que representa alta de 4,1% em relação à safra de 2020 ou 10,3 milhões de toneladas a mais, conforme dados da sexta estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para este ano. Entretanto, houve uma queda de 0,2% em relação à estimativa anterior.
Os aumentos recordes da produção de soja em 8,6% (somando 131,9 milhões de toneladas), apesar da queda de 0,7% prevista para a safra de milho (sendo -3,1% na primeira safra e +0,1% na segunda safra), chegando a 102,5 milhões de toneladas em relação a 2020, devem ser os principais responsáveis pelo prognóstico deste ano. O cultivo de arroz deve subir 0,3% (11,1 milhões de toneladas) ante o ano passado, enquanto a safra de algodão herbáceo deve despencar 16,8%, a 5,9 milhões de toneladas.
A área total a ser colhida deve ser de 67,9 milhões de hectares, alta de 3,7% (mais 2,4 milhões de hectares) em relação ao ano passado.
Na comparação com a previsão de março, houve queda de 409,9 mil toneladas (-0,2%). O arroz, o milho e a soja somaram 92,9% da produção e 87,8% da área colhida. Frente a 2020, houve altas de 5,9% para a área do milho (2,6% na primeira safra e 7,1% na segunda), 4,1% para a soja e de 0,1% para o arroz.
Entre as unidades da federação, Mato Grosso lidera a produção nacional de grãos, com uma participação de 27,2% na safra do país, seguido por Paraná (15,3%), Rio Grande do Sul (13,4%) e Goiás (9,8%).
Entre as regiões, o Centro-Oeste é líder com 45,7% de participação na produção nacional de grãos, porém, a estimativa é de queda de 0,7% nesta safra. O Sul (30,9% da produção nacional), Sudeste (10,3%), Nordeste (8,9%) e o Norte (4,2%) tiveram altas nas estimativas.
O levantamento do IBGE foi realizado em colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).