Sanções da UE a óleo e teto de preços custam 160 milhões de euros por dia à Rússia

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Além do prejuízo de 160 milhões de euros por dia ao óleo russo, por conta das sanções e a imposição ao teto de preços, os ganhos da exportação de petróleo da Rússia caíram 17% em dezembro. Os dados são do Centro de Pesquisa em Energia e Ar Limpo (Crea, da sigla em inglês), uma organização independente da Finlândia que estuda o clima.

Mesmo com as sanções, a União Europeia continua sendo o principal importador de petróleo e derivados da Rússia em dezembro, com exceção da Alemanha, que deixou de comprar óleo russo no final do mês anterior. A proibição de compra das commodities por parte do bloco econômico europeu começa em fevereiro, quando o prejuízo poderá ser ainda maior, de 280 milhões de euros por dia.

O Japão se tornou o maior comprador de gás natural da Rússia. A China, Coreia do Sul, Turquia, India e também o Japão são os maiores compradores de carvão russo.

“À medida que as sanções e os custos da invasão da Ucrânia afetam a economia da Rússia, o país está mais dependente do que nunca das receitas das exportações de combustíveis fósseis. A sorte inesperada de curto prazo gerada para a Rússia por conta dos preços de combustíveis fósseis nas alturas em 2022 está começando a se desgastar, em parte devido às reduções no consumo desses combustíveis. Novos cortes nas receitas do Kremlin irão, portanto, enfraquecer materialmente a capacidade do país de continuar a guerra e ajudar a levá-la a um fim”, afirma um trecho do relatório.

A Rússia contesta essa informação. De acordo com o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ainda é cedo para fazer estas previsões. “Provavelmente é melhor perguntar aos nossos especialistas sobre isso, principalmente ao vice-primeiro-ministro Alexander Novak, mas certamente é muito cedo [para falar sobre o assunto] por enquanto”, disse Peskov.