O chanceler alemão Olaf Scholz enfrentará uma votação de confiança no parlamento alemão hoje, e é esperado que ele a perca, abrindo caminho para uma eleição antecipada em fevereiro. A crise no governo de Scholz, resultado da demissão de seu ministro da Fazenda em um impasse sobre revitalizar a economia, levou à saída do partido pró-negócios da coalizão. Isso deixou os parceiros do centro-esquerda sem maioria no parlamento, obrigando a convocação de uma eleição que será realizada em 23 de fevereiro, sete meses antes do previsto.
O partido de Scholz, os Sociais-Democratas, possui 207 cadeiras no Bundestag e deverá votar a favor do chanceler, enquanto os Verdes, seus parceiros de coalizão, planejam se abster. Com isso, Scholz não alcançaria a maioria necessária de 367 votos na câmara de 733 assentos. Caso perca, o presidente Frank-Walter Steinmeier decidirá se dissolve o Bundestag, com a eleição marcada para até 60 dias após a dissolução.
A campanha já está em andamento. O principal opositor de Scholz, Friedrich Merz, do bloco União, prevê uma das campanhas eleitorais mais difíceis da história moderna da Alemanha. As pesquisas mostram que o bloco de Merz lidera, enquanto o vice-chanceler Robert Habeck, dos Verdes, também se coloca como candidato. A extrema-direita, com o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), apresentou Alice Weidel como candidata, mas não tem chances de formar governo, já que outros partidos se recusam a trabalhar com eles.
As informações são da Associated Press.
