Sem NY, Bolsa fecha em leve queda e dólar sobe em dia de baixa liquidez

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A Bolsa fechou em queda e com liquidez reduzida devido ao feriado do dia da Independência nos Estados Unidos. A agenda foi de indicadores fraca por aqui e os investidores ficaram monitorando as pautas econômicas em tramitação no Congresso.

Mais cedo, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Senado, aprovou os nomes de Gabriel Galípolo e Ailton de Aquino para ocuparem, respectivamente, as diretorias de Política Monetária e de Fiscalização do Banco Central.

Em relação às ações, o destaque positivo ficou para a Braskem (BRKM5), que subiu 5,35% com o sinal positivo da Novonor que aceitou o modelo de aquisição da Braskem pela Unipar. Petrobras ON e Petrobras PN subiram 0,23%. Petrorio (PRIO3) aumentou 1,65%.

O principal índice da B3 caiu 0,49%, aos 119.076,37 pontos. O Ibovespa futuro com vencimento em agosto perdeu 0,70%, aos 120.745 pontos. O giro financeiro foi de R$ 12,5 bilhões.

Lucas de Caumont, estrategista de investimentos da Matriz Capital, disse que o Ibovespa cai “em um dia de falta de liquidez global por conta do feriado de 4 de julho nos Estados Unidos; Petrobras e Petrorio subiam acompanhando a alta do petróleo”.

Guilherme Paulo, operador de renda variável da Manchester Investimentos, disse que hoje é um dia mais tranquilo e de baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos.

“Por aqui, o dado mais relevante foi da produção industrial que veio em linha com o esperado-subiu 0,3% em maio ante abril; o mercado acompanha a sabatina do Gabriel Galípolo e do Ailton Aquino para cargos no Banco Central; até agora, o Galípolo tem puxado responsabilidade para o governo de fazer política fiscal e cambial para manter o equilíbrio macroeconômico brasileiro e não tem atacado o Banco Central”.

O operador de renda variável da Manchester Investimentos disse que o mercado também fica na expectativa por amanhã para a ata do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano). “É um ponto importante para o mercado monitorar, o Powell [Jerome Powell, presidente do Fed] deixou nítido que vai ter aumento na próxima reunião e talvez a ata venha alguma informação relevante que pode gerar um pouco de ruído”.

O dólar comercial fechou em alta de 0,68%, cotado a R$ 4,8390. Devido ao feriado nos Estados Unidos, a sessão foi marcada pela baixa liquidez.

O economista-chefe da Nova Futura, Nicolas Borsoi, diz que “é natural que a liquidez seja reduzida, mas o mercado está em um movimento de correção. Podemos ver o câmbio testar os R$ 4,70, mas se a curva de juros estiver certa, o cambio pode começar a perder atratividade”.

Para o head de Tesouraria do Travelex Bank, Marcos Weigt, “o real está no zero a zero, com alguma dificuldade para quebrar os R$ 4,75 muito por conta do feriado”.

Segundo o boletim a Ajax Asset, “lá fora, feriado nos Estados Unidos reduz a liquidez dos mercados internacionais. Enquanto isso, prosseguem as negociações em torno da reforma tributária na Câmara. Espera-se um dia ainda positivo nos mercados domésticos”.

As taxas dos contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) fecham em alta em movimento de correção e devido à baixa liquidez devido ao feriado nos Estados Unidos.

O DI para janeiro de 2024 tinha taxa de 12,790% de 12,850% no ajuste anterior; o DI para janeiro de 2025 projetava taxa de 10,705% de 10,620%, o DI para janeiro de 2026 ia a 10,055%, de 9,945%, e o DI para janeiro de 2027 com taxa de 10,075% de 9,965% na mesma comparação.

 

Com Paulo Holland e Camila Brunelli / Agência CMA