O Senado dos EUA aprovou na madrugada de sexta-feira um projeto republicano que promove as políticas de imigração, energia e defesa do presidente Donald Trump. A proposta, que não inclui os cortes de impostos desejados por Trump, marca a maior vitória legislativa republicana desde o início de seu mandato. O projeto direciona mais recursos para a segurança da fronteira, políticas de imigração rígidas, desregulamentação energética e aumento dos gastos militares, com um orçamento de US$ 340 bilhões para o ano fiscal de 2025. A votação foi apertada, com 52 votos a favor e 48 contra, e apenas um republicano, o senador Rand Paul, votou contra.
Trump preferia uma versão da Câmara dos Representantes que incluía US$ 4,5 trilhões em cortes de impostos, mas a maioria estreita e dividida dos republicanos na Câmara dificulta a aprovação desse projeto. O plano do Senado deixa a questão dos cortes de impostos para uma data posterior, servindo como um plano de segurança caso a Câmara não consiga chegar a um acordo sobre como financiar os cortes sem reduzir programas sociais populares, como Medicaid e Previdência Social, ou aumentar a dívida nacional de US$ 36 trilhões.
Durante uma maratona de votações e emendas, os democratas tentaram, sem sucesso, bloquear o projeto, apresentando emendas para proteger programas de saúde e evitar cortes de impostos para os mais ricos. Eles acusaram os republicanos de priorizar benefícios fiscais para os ricos em detrimento das famílias americanas. Apesar da oposição, apenas duas emendas republicanas foram aprovadas, ambas focadas em reduzir gastos federais e regulamentações excessivas.
Agora, o foco está na Câmara, onde os líderes republicanos esperam avançar sua versão do orçamento na próxima semana. Para que a agenda legislativa de Trump avance, ambas as câmaras do Congresso precisam aprovar a mesma resolução orçamentária, o que permitiria contornar a oposição democrata e a obstrução no Senado. Enquanto isso, Trump continua pressionando por cortes de impostos sem tocar nos programas de seguridade social, um desafio que os republicanos ainda precisam resolver.
