Serviços avançam 0,7% em janeiro ante dezembro; previsão era de -0,40%

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São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), avançou 0,7% em janeiro ante dezembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de -0,40%, conforme o Termômetro CMA.

Já em relação a janeiro de 2023, o volume de serviços recuou 4,5%. O resultado também ficou acima das expectativas do mercado financeiro, de +1,80%, conforme o Termômetro CMA.

O avanço do volume de serviços (0,7%), de dezembro de 2023 para janeiro de 2024, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas. com destaque para o avanço vindo do setor de informação e comunicação (1,5%), quarto resultado positivo seguido, período em que acumulou um ganho de 3,8%. Os outros avanços relevantes ficaram com os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,1%) e transportes (0,7%), com o primeiro recuperando quase toda a perda de dezembro (-1,5%); e o segundo acumulando um ganho de 1,8% nos últimos dois meses. Por sua vez, os outros serviços (0,2%) mostraram uma ligeira variação positiva após terem recuado 1,2% em dezembro.

Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (-2,7%) assinalaram a única retração do mês, eliminando, assim, parte da expansão acumulada nos 2 últimos meses do ano passado (7,4%).

Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total do volume de serviços mostrou expansão de 0,6% no trimestre encerrado em janeiro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, houve disseminação de taxas positivas, já que todas as cinco atividades também avançaram frente ao nível do trimestre terminado em dezembro: serviços prestados às famílias (1,4%); outros serviços (1,0%); informação e comunicação (1,0%); profissionais, administrativos e complementares (0,4%); e transportes (0,3%).

Frente a janeiro de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 4,5% em janeiro de 2024, após ter recuado 1,9% no mês anterior. O avanço deste mês foi acompanhado por todas as cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 55,4% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de informação e comunicação (6,8%) exerceu o principal impacto positivo, impulsionado, principalmente, pelo aumento da receita em telecomunicações; portais, provedores de conteúdo e outros serviços de informação na Internet; TV aberta; desenvolvimento e licenciamento de softwares; e edição integrada à impressão de livros.

Os outros avanços vieram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,1%), dos profissionais, administrativos e complementares (5,0%); dos prestados às famílias (3,9%); e dos outros serviços (3,1%), explicados, em grande parte, pela maior receita vinda de rodoviário de cargas; gestão de portos e terminais; navegação de apoio marítimo e portuário; e carga e descarga de mercadorias, no primeiro ramo; de atividades jurídicas; aluguel de máquinas e equipamentos para a construção e demolição; atividade de intermediação de negócios em geral locação de outros meios de transporte (exceto automóveis); atividades de limpeza; e consultoria em gestão empresarial, no segundo; de restaurantes; e serviços de bufê, no terceiro; e de atividades auxiliares dos serviços financeiros; seguros, previdência complementar e planos de saúde; atividades imobiliárias; corretoras de títulos e de valores mobiliários; e administração de cartões de crédito, no último.

16 das 27 unidades da federação assinalaram expansão no volume de serviços em janeiro de 2024, na comparação com dezembro de 2023, acompanhando o avanço observado no resultado do Brasil (0,7%) série ajustada sazonalmente. Entre os locais que apontaram taxas positivas nesse mês, o impacto mais importante veio do Rio de Janeiro (5,3%), seguido por São Paulo (0,8%), Amazonas (10,9%), Distrito Federal (2,8%) e Paraná (1,5%). Em contrapartida, Mato Grosso (-3,3%) e Bahia (-1,6%), seguidos por Mato Grosso do Sul (-2,4%), Pará (-2,1%) e Goiás (-1,3%) exerceram as principais influências negativas do mês.

Na comparação com janeiro de 2023, a expansão do volume de serviços no Brasil (4,5%) foi acompanhada por 26 das 27 unidades da federação. A contribuição positiva mais importante ficou com São Paulo (3,3%), seguido por Rio de Janeiro (5,0%), Paraná (10,7%), Minas Gerais (5,4%) e Santa Catarina (10,2%). Em sentido oposto, Rio Grande do Norte (-3,6%) assinalou o único recuo do mês.