Serviços recuam 0,5% em dezembro ante novembro; previsão era de +0,10%

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Foto: ThisIsEngineering / Pexels

São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), recuou 0,5% em dezembro ante novembro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo das expectativas do mercado financeiro, de +0,10%, conforme o Termômetro Safras.

Já em relação a dezembro de 2023, o volume de serviços avançou 2,4%. O resultado também ficou aquém das expectativas do mercado financeiro, de +3,20%, conforme o Termômetro Safras.

Deste modo, o setor fechou 2024 com alta de 3,1%, quarto ano seguido de crescimento.
No indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao crescer 3,1%, o setor intensificou o ritmo de expansão frente a novembro (2,8%) e assinalou a taxa mais intensa desde novembro de 2023 (3,5%).

Em dezembro de 2024, o setor de serviços se encontra 15,6% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 1,9% abaixo de outubro de 2024 (pico da série histórica).

O recuo do volume de serviços (-0,5%), observado na passagem de novembro para dezembro de 2024, foi acompanhado por três das cinco atividades de divulgação investigadas, com destaque para a retração vinda de outros serviços (-4,2%), que mostrou a queda mais intensa desde janeiro de 2023 (-11,2%).

Os demais recuos ficaram com profissionais, administrativos e complementares (-0,7%) e informação e comunicação (-0,7%), com o primeiro setor registrando o segundo revés seguido, com perda acumulada de 3,9%; e o último eliminando praticamente todo o ganho assinalado em novembro (0,9%).

Por outro lado, os serviços prestados às famílias (0,8%) apontaram o avanço mais relevante e acumulam um crescimento de 7,8% entre maio e dezembro de 2024. Por sua vez, os transportes (0,1%) mostraram uma ligeira variação positiva, depois de terem recuado 3,5% em novembro.

A média móvel trimestral mostrou uma variação negativa de 0,2% no trimestre encerrado em dezembro de 2024 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, houve predomínio de taxas negativas, já que três dos 5 setores investigados também mostraram retração: outros serviços (-1,6%); profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e informação e comunicação (0,3%); ao passo que os serviços prestados às famílias (0,9%) e os transportes (0,3%) registraram os avanços deste mês.

Na comparação com dezembro de 2023, o volume do setor de serviços apontou expansão de 2,4% em dezembro de 2024, nono resultado positivo seguido. O avanço deste mês foi acompanhado por quatro das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 53,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

No índice acumulado de janeiro a dezembro de 2024, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços apresentou expansão de 3,1%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 61,4% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com os ramos de informação e comunicação (6,2%); e de serviços profissionais, administrativos e complementares (6,2%). Os demais avanços vieram dos serviços prestados às famílias (4,4%); e dos outros serviços (1,1%).

Regionalmente, frente a novembro, 17 das 27 unidades da federação assinalaram retração no volume de serviços em dezembro de 2024. Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, os impactos mais importantes vieram de São Paulo (-0,7%), Santa Catarina (-5,2%) e Mato Grosso (-11,8%), seguidos por Bahia (-2,6%) e Rio Grande do Sul (-1,5%).

Por outro lado, Rio de Janeiro (1,2%) exerceu a principal contribuição positiva do mês, seguido por Pernambuco (2,5%), Minas Gerais (0,6%) e Pará (3,3%).