São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), caiu pela segunda vez seguida em dezembro, em -0,4% em relação a novembro, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre novembro e dezembro, o setor de serviços acumulou perdas de 0,5%, reduzindo parte do ganho acumulado nos dois meses anteriores (outubro e setembro), de +2,2%. Já em relação a dezembro de 2018, o volume de serviços avançou 1,6%, alcançando a quarta taxa positiva consecutiva nesse tipo de confronto. Com isso, o setor de serviços encerrou 2019 acumulando alta de 1,0% em 2019, interrompendo, assim, uma sequência de quatro anos sem crescimento.
“Em 2018, houve uma estabilidade e agora, em 2019, o setor volta ao campo positivo, lembrando que entre 2015 e 2017 teve uma perda acumulada de 11%. Então essa alta é importante, mas ainda está longe de alcançar o melhor resultado no setor de serviços”, avalia o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo.
Em base mensal, três das cinco atividades pesquisadas registraram queda, com destaque negativo para o recuo nos serviços de transportes e auxiliares, além dos correios (-1,5%). Na outra ponta, o destaque positivo ficou com outros serviços (+3,4%), ao passo que também cresceram os serviços de informação e comunicação (+0,4%).
Na comparação anual, também houve queda em três das cinco atividades pesquisadas, sendo que o ramo de serviços de informação e comunicação (+3,2%) exerceu a contribuição positiva mais relevante. Os demais avanços, nesse tipo de confronto, vieram de outros serviços (+11,3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (+2,3%).