São Paulo, 12 de novembro de 2020 – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), cresceu pelo quarto mês seguido, em +1,8% em setembro em relação a agosto, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, o ganho acumulado é de 13,4%, ainda insuficiente para compensar as perdas de 19,8% acumuladas de fevereiro a maio.
Já em relação a setembro de 2019, o volume de serviços recuou 7,2%, marcando a sétima taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Com isso, o setor de serviços acumula queda de 8,8% no ano. Em 12 meses, o setor acumula queda de 6% até setembro, mantendo a trajetória descendente iniciada em janeiro e alcançando a taxa negativa mais intensa da série, iniciada em 2012. O IBGE destaca ainda que, mesmo com o quarto resultado positivo, o volume de serviços está 8,0% abaixo do nível pré-pandemia, em fevereiro.
Na passagem de agosto para setembro, quatro das cinco atividades pesquisadas registraram alta, com destaque para outro serviço (+4,8%), sendo o único a superar o nível pré-pandemia. Por outro lado, a exceção ficou com serviços profissionais, administrativos e complementares (-0,6%), ainda em base mensal. Em relação às atividades turísticas, houve alta de 11,5% em relação a agosto, na quinta taxa positiva seguida.
Já na comparação anual, o movimento foi oposto, mas com os mesmos setores em destaque. Houve queda em quatro das cinco atividades pesquisadas, com a exceção ficando com outros serviços (+13,2%), enquanto a maior queda foi em serviços profissionais, administrativos e complementares (-13,6%). O segmento do turismo caiu 38,7%, na sétima queda consecutiva.