Setor de serviços engata segunda alta e sobe 2,6% em julho

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São Paulo – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), subiu 2,6% em julho em relação a junho, no segundo mês seguido de alta acumulando ganho de 7,9%, conforme dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado, porém, não apaga os quatro meses de perdas do setor no qual somou recuo de 19,8% em consequência das medidas de combate à covid-19.

Já em relação a julho de 2019, o volume de serviços recuou 11,9%, marcando a quinta taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Com isso, o setor de serviços acumula quedas de 8,9% no ano e de 4,5% nos últimos 12 meses até julho, no resultado negativo mais intenso para o período desde julho de 2017 (-4,6%).

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, destaca, porém, que os dois meses seguidos de alta ainda não são suficientes para eliminar as perdas observadas entre fevereiro e maio. “Vale destacar que o efeito da pandemia propriamente dito ocorreu entre março e maio. O resultado negativo de fevereiro ainda não era decorrente das medidas de isolamento social e sim uma acomodação do setor de serviços frente ao avanço do final de 2019. As perdas da pandemia entre março e maio somam 19,8%”, explica.

Ele esclarece que, diferentemente da indústria e do comércio que vêm apresentando uma recuperação mais rápida, o setor de serviços tem apresentado uma recuperação mais lenta, sobretudo nas atividades que envolvem atendimento presencial.

Na passagem de junho para julho, houve alta em quatro das cinco atividades pesquisadas, com destaque para serviços de informação e comunicação (+2,2%) e de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (+2,3%). Em contrapartida, o único resultado negativo do mês ficou com os serviços prestados às famílias (-3,9%), após avançar 12,2% entre maio e junho.

Já na comparação com julho de 2019, houve queda em quatro das cinco atividades, com destaque para os serviços prestados às famílias (-54,9%). A exceção ficou com outros serviços (+4,1%), ainda em base anual.

Em relação às atividades turísticas, houve alta de 4,6% em julho relação a junho, na terceira taxa positiva consecutiva, acumulando ganho de 36,1% no período. Na comparação com o mesmo mês de 2019, houve retração de 56,1%, na quinta taxa negativa seguida.