Setor de serviços interrompe seis altas seguidas em dezembro

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São Paulo, 11 de fevereiro de 2021 – A receita real de serviços, que se refere à evolução do volume da atividade no setor em termos reais, descontada a inflação (deflacionado), interrompeu seis altas seguidas em dezembro e oscilou em baixa de 0,2% em relação a novembro, resultado considerado como estabilidade, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Já em relação a dezembro de 2019, o volume de serviços recuou 3,3%, marcando a décima taxa negativa consecutiva nesse tipo de confronto. Com isso, o setor de serviços encerrou 2020 acumulando queda de 7,8% em relação ao ano anterior, e superando o resultado negativo de 2016 (-5,0%) que, até então, era a queda anual mais intensa da série histórica. Além disso, o setor interrompe dois anos de resultados não negativos: estabilidade em 2018 (0,0%) e +1,0% em 2019.

Na passagem de novembro para dezembro, apenas duas das cinco atividades pesquisadas registraram queda. São eles: serviços auxiliares aos transportes e correio (-0,7%) e serviços prestados às famílias (-3,6%). Segundo o IBGE, tais setores foram os mais afetados pela pandemia da covid-19 em razão da necessidade de isolamento social, o que acabou provocando o fechamento de estabelecimentos considerados não essenciais e uma redução significativa no fluxo de pessoas em circulação.

Por outro lado, a expansão mais relevante veio de outros serviços (3,0%). Em relação às atividades turísticas, houve estabilidade em base mensal, após sete altas seguidas. Já na comparação anual, houve queda em três das cinco atividades pesquisadas, sendo o maior destaque negativo em serviços prestados às famílias (-25,4%), enquanto outros serviços subiram 8,6%.

O segmento do turismo desabou 29,9%, na décima queda consecutiva, ainda em base anual. Ainda conforme o IBGE, o segmento de turismo necessita avançar 42,9% para retornar ao patamar de fevereiro de 2020, mês que antecedeu aos efeitos da pandemia no país. Da mesma forma, o instituto destaca que as medidas de combate à covid-19 atingiram de forma mais intensa e imediata boa parte das atividades turísticas, principalmente ao transporte aéreo de passageiros, restaurantes e hotéis.