São Paulo, 21 de maio de 2024 – O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, em entrevista à Globo News, que a decisão de substituir o presidente da Petrobras é de incumbência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Silveira afirmou que a troca no comando não teve influência sua ou do ministro da Casa Civil, Rui Costa. “O cargo de presidente da Petrobras é uma escolha do presidente. Insinuar a pressão de outros ministros é subestimar Lula”.
O Conselho de Administração da petroleira se reúne na próxima sexta-feira (24) para analisar o nome da engenheira Magda Chambriard para a presidência da empresa. Magda foi indicada pelo presidente Lula, em substituição a Jean Paul Prates, e já passou por todos as etapas formais de aprovação interna da companhia.
O ministro disse que Magda é qualificada para ocupar o cargo e que a estatal vai continuar sendo atraente para investidores, não para especuladores. “Voltamos a investir na Petrobras. O governo anterior estava saqueando a Petrobras e, caso vencesse as eleições, iria vender a estatal”, disse Silveira, destacando que o objetivo do governo é continuar atraindo investidores de médio e longo prazo.
Segundo Silveira, o presidente Lula quer o cumprimento do Plano de Investimentos da Petrobras, aprovado por todo o conselho da empresa. O plano visa aumentar a produção de fertilizantes e gás e criar rotas para a distribuição do gás. “Não há mudança abrupta na empresa. Continuaremos tendo uma Petrobras estável”, assegurou Silveira.
Silveira ratificou que a mudança no comando nada teve a ver com possíveis divergências entre ele e Prates. “Personificaram uma disputa entre o presidente da Petrobras e o ministro das Minas e Energia”.
O ministro garantiu que não motivos para o investidor temer e que não existe interferência política no comando da estatal. “A palavra intervencionista para a Petrobras é completamente inadequada. Queremos uma empresa célere e que cumpra com suas metas”, acrescentou.
Silveira disse ainda que o nome da nova presidente está passando por todas as etapas e respeitando a governança. Afirmou que a política de preços da Petrobras é da empresa e que o governo apenas estabelece parâmetros. Finalizou apontando que o país precisa de um diagnóstico completo sobre a exploração da Margem Equatorial.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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