Sindicato diz que metalúrgicos da Embraer estão em greve

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Por Gustavo Nicoletta

São Paulo – Os metalúrgicos da Embraer entraram em greve para reivindicar aumento real nos salários, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região. De acordo com o grupo, os trabalhadores estão há quatro anos sem aumento de salário superior à inflação e ficarão em greve por tempo indeterminado.

“Com a greve, os trabalhadores rejeitam a proposta patronal de aplicar apenas a inflação do período (3,28%) aos salários, acabar com a estabilidade para lesionados e liberar a terceirização irrestrita na fábrica. A reivindicação é de 6,37% de reajuste e renovação da convenção coletiva na íntegra”, disse o sindicato em uma nota publicada ontem.

A cláusula que garante estabilidade para lesionados existe desde a década de 1970. O sindicato disse que o aviso de greve havia sido protocolado na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na sexta-feira (20).

No início das negociações, a Fiesp havia proposto zero de reajuste e um pagamento de R$ 2.500, rejeitado na mesa pelo sindicato. Na última rodada, a proposta foi alterada para o ajuste salarial pela inflação, sem abono. Na fábrica de Botucatu, a Embraer propôs reajuste salarial pela inflação e R$ 4.000 de abono.