SLC Agrícola reverte lucro para prejuízo no 3° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A SLC Agrícola reportou prejuízo líquido de R$ 17,282 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24), revertendo o lucro líquido de R$ 167,272 milhões registrado no mesmo trimestre de 2023. Nos nove meses do ano, o lucro líquido foi de R$ 533,073
milhões, queda de 51,1% na comparação anual, segundo a empresa, “uma redução importante quando comparado à 2023, em função principalmente do menor Resultado Bruto da soja e do milho, impactados pela queda de área plantada, produtividade e preços dessas culturas.”

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado caiu 5,8% no 3T24, totalizando R$ 463,138 milhões.

Já a margem Ebitda ajustado atingiu 28,4% entre julho e setembro de 2024, queda de 1,4 ponto percentual (pp) frente a margem registrada em 3T23.

A receita líquida da SLC Agrícola somou R$ 1,632 bilhão no terceiro trimestre, baixa de 1,0% na comparação com igual etapa de 2023. “A Receita Líquida encerrou o acumulado de nove meses com quase R$5 bilhões. A soja, devido à menor produtividade atingida na safra 2023/24, impactou a Receita Líquida, que foi 7% menor em relação ao mesmo período de 2023”, comentou a empresa.

A geração de caixa livre foi positiva no 3T24 em R$147,5 milhões, refletindo o momento do ciclo financeiro de término do pagamento de insumos e início do faturamento do algodão e do milho safra 2023/24. No 9M24, a menor produtividade da soja e do milho 2023/24 e os investimentos para o crescimento da área plantada da safra 2024/25 impactaram a geração de caixa que foi negativa em R$591,3 milhões. Apesar da geração negativa de caixa, a relação Dívida Liquida/EBITDA Ajustado finalizou o período em 2,00 vezes.

Os investimentos no 3T24 totalizaram R$378 milhões e foram relativos à obras (reformas gerais, projeto de irrigação, armazéns de grãos e usina e beneficiamento de algodão) e modernização do parque de máquinas (principalmente plantadeiras).

Em relação à Safra 2023/24, a administração da SLC comentou: “Neste trimestre, encerramos a colheita do algodão e do milho segunda safra. No caso do milho, principalmente no estado do Maranhão, o período de cultivo foi caracterizado pela distribuição irregular das chuvas e por ondas de calor que prejudicaram o desenvolvimento da cultura. Atingimos a produtividade de 7.081 kg/ha, 6,7% inferior ao projeto e em relação à média nacional ficamos de 29,0% acima, conforme os dados da CONAB – outubro/2024.”

“No algodão, finalizamos a colheita em setembro, com produtividade total de 1.942 kg/ha de algodão em pluma, em linha com o projeto. Em relação à média nacional, alcançamos uma distância superior de 2,9%, conforme os dados da CONAB – outubro/2024.”

“Nessa safra a Companhia atingiu um marco histórico: na Fazenda Pamplona alcançamos 164@ de pluma de algodão por hectare, a maior registrada até hoje numa área de mais de 8.400 hectares, fruto do esforço e da dedicação dos nossos colaboradores, aliado a um planejamento agrícola eficiente e de alta tecnologia aplicados na produção.”

“Avançamos na posição de hedge 2023/24. Na soja, somados os compromissos, travamos 99,6% da produção, no milho estamos com 96,4% da produção travada e no algodão chegamos a 85,8% de proteção.”

Safra 2024/25

“Durante o ano, divulgamos a ampliação da nossa Joint Venture com a Agro Penido (Fazenda Pioneira), constituímos uma joint venture com a Agropecuária Rica S/A (Fazenda Preciosa) e celebramos um novo contrato de arrendamento no estado do Piauí (área anexada à Fazenda Parnaguá). Somadas as três operações, aumentamos o nosso potencial de área plantada em mais 60 mil hectares para a safra 2024/25 (assim que as áreas estiverem completamente desenvolvidas).”

“A área plantada para a safra 2024/25 será de 734 mil hectares, com crescimento de 11,0% em relação à safra 2023/24. A semeadura da soja superprecoce e precoce, que possibilita a implantação das culturas de algodão e milho 2 safra, teve início no dia 20 de setembro. A área semeada até 8 de novembro era de 293.138 mil ha nos estados do MT, MS, GO, MA e BA, o que representa 77,45% da área prevista para a soja. No Mato Grosso, plantio de soja encerrado. Até o momento, as lavouras apresentam um bom desenvolvimento.”

“Em relação às sementes, estamos divulgando nossa meta de vendas para 2025. A estimativa de venda de semente de soja para terceiros mais consumo interno passa a ser de 1.400.000 sacas (sacas de 200 mil sementes), aumento de 12,0% frente ao ano anterior. Para as sementes de algodão, a meta de venda para terceiros mais consumo interno passa a ser de 145.000 sacas (sacas de 200 mil sementes), um aumento de
1,2% frente ao ano anterior.”

“Praticamente concluímos as compras dos insumos. Foram adquiridos 100% dos fosfatados, 100% do cloreto de potássio, 100% dos nitrogenados e 96% dos defensivos. Os custos por hectare orçados para a safra 2024/25 apresentam 5,2% de queda em relação ao orçado da safra 2023/24. Essa queda reflete principalmente o declínio dos preços dos fertilizantes, defensivos e sementes que possuem uma forte correlação com os preços das commodities.”

“Paralelamente, avançamos na posição de hedge 2024/25. Na soja, somados os compromissos, atingimos 63,6% da produção estimada. Fixamos 44,0% da produção do algodão e travamos 18,0% do milho. Também aproveitamos os momentos de alta do dólar para realizar o travamento do câmbio das culturas.”

“Para a safra 2025/26, já iniciamos a compra dos insumos, com a aquisição de 80% do Cloreto de Potássio e já travamos 33,7% da soja, considerando os compromissos.”