São Paulo – A SLC Agrícola reportou lucro líquido de R$ 348,7 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), um recuo de 28,2% em relação ao mesmo trimestre de 2022, com margem líquida de 24,1%. O principal fator que contribui para essa redução foi substancialmente o menor resultado bruto realizado no período. Além disso, o resultado financeiro também foi negativo, superior em R$41 milhões, parcialmente compensado pela soma das despesas Gerais e Administrativas, Honorários da Administração, Outras Receitas (Despesas) Operacionais e despesas com Vendas, que colaboraram positivamente em R$ 31 milhões.
“Os resultados do trimestre, apesar de serem mais baixos quando comparados ao mesmo período do ano anterior, apresentam boas margens e estão em linha com os resultados históricos. No segundo semestre teremos a venda/entrega do algodão e milho, em fase de colheita, cujos custos já foram desembolsados em sua maioria, o que projeta um cenário mais positivo para caixa e na relação Dívida Líquida/EBITDA Ajustado”, disse a diretoria da empresa, no release de resultados do 2T23.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado encolheu 30,5% no 2T23, totalizando R$ 569,7 milhões.
Já a margem Ebitda ajustado atingiu 39,4% entre abril e junho de 2023, queda de 9,9 ponto percentual (pp) frente a margem registrada em 2T23.
A receita líquida da SLC Agrícola somou R$ 1,4 bilhão no segundo trimestre, baixa de 13,2% na comparação com igual etapa de 2022.
As despesas gerais e administrativas somaram R$ 48,85 milhões no intervalo, um crescimento de 10,6% em relação ao mesmo período de 2022.
A dívida líquida ajustada da SLC Agrícola ficou em R$ 3,9 bilhões no final de junho, um avanço em relação aos R$ 2,3 bilhões registrados no 4T22.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,61 vez em junho, ante 0,7 vez em relação a dezembro de 2022.
No primeiro semestre, a companhia registrou lucro líquido de R$ 3,6 bilhões, queda de 10,1% em relação ao mesmo período do ano passado. A queda no Lucro Bruto da soja e do algodão foram as principais variações, somadas ao aumento de R$ 37 milhões no resultado financeiro, que foi negativo.
Em sua mensagem, a administração da empresa disse que o segundo trimestre foi marcado pela consolidação das produtividades das principais culturas. “Encerramos a colheita da soja atingindo uma produtividade de 3.910 kg/ha, patamar similar à safra passada, que apresentou produtividade recorde, e em linha com o nosso projeto. Além disso, essa produtividade significou estarmos 11,5% acima da média nacional (CONAB- julho/2023).”
Do lado do algodão, avançamos na colheita do algodão primeira safra, chegando em 39% da área. Nossa estimativa é atingir 2.005 kg/ha de pluma, 3,7% acima do projeto orçado e 0,8% superior ao divulgado no fato relevante do dia 03 de julho. Já no algodão segunda safra, estamos iniciando a colheita estimando superar o projeto em 12,7%, atingindo 2.072 kg/ha de pluma. As lavouras de algodão vêm apresentando bom desempenho produtivo, com bons rendimentos de pluma.
Em relação ao milho segunda safra, já foram colhidos 66% da área. As lavouras também estão performando muito bem e a nossa expectativa é superar o projeto orçado. Nossa estimativa é atingir 7.750 kg/ha, 0,9% superior ao orçado e 23% acima do realizado na safra anterior. Em resumo, boa produção em todas as culturas se apresentando para a safra 2022/23!”
“As produtividades superiores e o uso intensivo de novas tecnologias de agricultura digital, repercutiram positivamente no custo unitário por cultura. Devido à maior produção e ao menor uso de insumos, o custo unitário do algodão primeira safra reduziu 2,6% e o da segunda safra decresceu 12,8%, enquanto a soja caiu 2,9% e o milho segunda safra ficou estável.”