São Paulo – A agência de classificação de risco S&P Global Ratings alterou a perspectiva das notas de crédito de 13 empresas brasileiras de neutro para positiva, como reflexo da melhora na perspectiva do rating soberano do Brasil na noite de quarta-feira, por terem suas classificações direta ou indiretamente pela nota do país.
São elas: Petrobras, BRF, Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), Energisa, Neoenergia, MRS Logística, Companhia Energética de São Paulo (Cesp), Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), EDP Espírito Santo, Energisa Paraíba e Energisa Sergipe.
Os analistas da agência escrevem que a perspectiva positiva indica a probabilidade de elevação das notas de crédito dessas empresas após ação similar nos ratings soberanos. A agência pode elevar a classificação do Brasil nos próximos dois anos caso o País implemente políticas econômicas pragmáticas.
Segundo a nota explicativa, os ratings de longo prazo na escala global BB- do Brasil limitam vários ratings corporativos e de infraestrutura, dado que a S&P acredita que, em caso de default soberano, muitas dessas entidades também passariam por um estresse de crédito.
Outras 9 empresas não tiveram sua perspectiva alterada por terem vários pontos fortes de crédito que contribuíram para algum isolamento de um possível estresse na nota soberana. No entanto, caso o rating do Brasil seja elevado suas notas também seguiriam o mesmo caminho, diz a agência.
São elas: Ambev, Ultrapar, Raízen, Localiza, Votorantim, Votorantim Cimentos, Nexa Resources, MV24 Capital e Ache Laboratórios Farmacêuticos são as companhias que a S&P destaca que também passariam por esse movimento de elevação na nota de crédito caso a classificação soberana do Brasil suba.