Brasília, 12 de agosto de 2024 – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 2,77 bilhões até o momento em agosto, resultado de exportações de US$ 10,059 bilhões e importações de US$ 7,289 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 17,349 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No acumulado do ano, o superávit chega a US$ 52,326 bilhões.
Até a 2º Semana de Agosto/2024, comparado a Agosto/2023, as exportações cresceram 6,3%. As importações cresceram 11,6%. Assim, a balança comercial registrou superávit com queda de 5,5%, e a corrente de comércio aumentou 8,4%.
No acumulado Janeiro até 2º Semana de Agosto/2024, em comparação a Janeiro/Agosto 2023, as exportações cresceram 1,1% e somaram US$ 208,26 bilhões. As importações cresceram 4,9% e totalizaram US$ 155,94 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 52,33 bilhões , com queda de -8,6%, e a corrente de comércio registrou aumento de 2,7%, atingindo US$ 364,20 bilhões.
Exportações
Até a 2º Semana de Agosto/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -17,1% em Agropecuária, que somou US$ 1,93 bilhões; crescimento de 32,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 2,90 bilhões e, por fim, crescimento de 6,1% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 5,18 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Produtos hortícolas, frescos ou refrigerados (165,9%), Café não torrado (47,9%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (127,8%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados ( 24,1%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 38,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 70,2%) na Indústria Extrativa ; Sucos de frutas ou de vegetais (204,9%), Celulose (41,3%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) ( 71,5%) na Indústria de Transformação.
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (-68,0%), Milho não moído, exceto milho doce (-40,1%) e Soja (-18,3%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-29,6%), Minério de ferro e seus concentrados (-13,2%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-84,8%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-23,2%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-22,3%) e Instalações e equipamentos de engenharia civil e contrutores, e suas partes (-80,0%) na Indústria de Transformação.
Importações
Até a 2º Semana de Agosto/2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 27,2% em Agropecuária, que somou US$ 0,14 bilhões; queda de -24,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,26 bilhões e, por fim, crescimento de 13,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 6,83 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (108,0%), Cevada, não moída ( 79,7%) e Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (16,0%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 12,4%), Outros minerais em bruto ( 30,4%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base ( 81,5%) na Indústria Extrativa ; Medicamentos e produtos farmacêuticos, exceto veterinários ( 49,1%), Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (76,7%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (105,8%) na Indústria de Transformação.
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (-24,3%), Milho não moído, exceto milho doce ( -25,9%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-18,2%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-28,6%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-27,4%) e Gás natural, liquefeito ou não (-41,3%) na Indústria Extrativa ; Preparações e cereais, de farinhas, ou amido de frutas ou vegetais (-66,5%), Geradores elétricos giratórios e suas partes (-28,6%) e Veículos automóveis de passageiros (-12,5%) na Indústria de Transformação.
Dylan Della Pasqua / Safras News
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