Superávit comercial atinge US$ 74,552 bilhões em 2024, com queda de 24,6%

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Brasília, 6 de janeiro de 2025 – A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 74,552 bilhões em 2024. No acumulado Janeiro/Dezembro 2024, em comparação a igual período do ano anterior, as exportações caíram 0,8% e somaram US$ 337,04 bilhões. As importações cresceram 9,0% e totalizaram US$ 262,48 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit com queda de 24,6%, e a corrente de comércio registrou aumento de 3,3%, atingindo US$ 599,52 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. No acumulado do ano, o superávit chega a US$ 71,421 bilhões.

 

Em Dezembro/2024, comparado a igual mês do ano anterior, as exportações caíram 13,5% e somaram US$ 24,90 bilhões. As importações cresceram 3,3% e totalizaram US$ 20,10 bilhões. Assim, a balança comercial registrou superávit de US$ 4,80 bilhões , com queda de 48,5%, e a corrente de comércio diminuiu 6,7%, alcançando US$ 45,01 bilhões.

 

Exportações

 

Em Dezembro/2024, o desempenho dos setores foi o seguinte: queda de -23,2% em Agropecuária, que somou US$ 3,98 bilhões; queda de -34,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 5,00 bilhões e, por fim, estabilidade de 0,0% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 15,79 bilhões. A combinação destes resultados levou a queda do total das exportações.

 

A retração das exportações foi puxada, principalmente, pela queda nas vendas dos seguintes produtos: Milho não moído, exceto milho doce (-33,5%), Soja (-57,1%) e Algodão em bruto ( -9,2%) na Agropecuária; Minério de ferro e seus concentrados (-37,3%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-39,8%) e Gás natural, liquefeito ou não (-100,0%) na Indústria Extrativa ; Açúcares e melaços (-33,4%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-15,5%) e Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-13,1%) na Indústria de Transformação.

 

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos registraram aumento nas vendas: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (261,6%), Café não torrado (29,4%) e Sementes oleaginosas de girassol, gergelim, canola, algodão e outras (345,1%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 81,2%), Minérios de cobre e seus concentrados ( 12,1%) e Minérios de níquel e seus concentrados (12.079.861,4%) na Indústria Extrativa ; Celulose (35,2%), Alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial ( 68,1%) e Veículos automóveis de passageiros ( 83,7%) na Indústria de Transformação.

 

No acumulado Janeiro/Dezembro 2024, em comparação com igual período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: queda de -11,0% em Agropecuária, que somou US$ 72,49 bilhões; crescimento de 2,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 80,90 bilhões e, por fim, crescimento de 2,7% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 181,88 bilhões. A associação destes resultados levou a queda do total das exportações.

 

Esta conjuntura de queda nas exportações foi influenciada pela queda das vendas nos seguintes produtos: Arroz com casca, paddy ou em bruto (-44%), Milho não moído, exceto milho doce (-39,9%) e Soja (-19,4%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (-25,9%), Minério de ferro e seus concentrados (-2,4%) e Outros minérios e concentrados dos metais de base (-19,1%) na Indústria Extrativa ; Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (-14,4%), Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (-46,9%) e Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-26,1%) na Indústria de Transformação.

 

Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de queda, os seguintes produtos tiveram aumento: Animais vivos, não incluído pescados ou crustáceos (58,3%), Café não torrado (55%) e Algodão em bruto (67,7%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (20%), Minérios de metais preciosos e seus concentrados (22,8%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (5,2%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (22,8%), Açúcares e melaços (18,1%) e Celulose (33,7%) na Indústria de Transformação.

 

Importações

 

Em Dezembro/2024, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: crescimento de 25,1% em Agropecuária, que somou US$ 0,47 bilhões; queda de -10,5% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,80 bilhões e, por fim, crescimento de 3,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 18,64 bilhões. A combinação destes resultados motivou ao aumento das importações.

 

O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos ( 19,3%), Cevada, não moída (518,0%) e Cacau em bruto ou torrado (40.392,9%) na Agropecuária; Pedra, areia e cascalho ( 20,1%), Linhita e turfa (358,9%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 47,3%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (20,2%), Partes e acessórios dos veículos automotivos (24,6%) e Instrumentos e aparelhos de medição, verificação, análise e controle (46,7%) na Indústria de Transformação.

 

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Centeio, aveia e outros cereais, não moídos (-46,8%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (-3,4%) e Soja ( -96,3%) na Agropecuária; Fertilizantes brutos (exceto adubos) (-59,1%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-43,8%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( -2,5%) na Indústria Extrativa ; Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-43,6%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-20,2%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (-18,4%) na Indústria de Transformação.

 

No acumulado Janeiro/Dezembro 2024, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, os resultados por setores foram os seguintes: crescimento de 25,6% em Agropecuária, que somou US$ 5,65 bilhões; expansão de 1,0% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 16,25 bilhões e crescimento de 9,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 238,74 bilhões. A combinação destes resultados levou ao aumento do total das importações.

 

Esta conjuntura de crescimento nas importações foi influenciada pelo crescimento das compras dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (26,8%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas (29,4%) e Soja (273,9%) na Agropecuária; Outros minerais em bruto (7,1%), Outros minérios e concentrados dos metais de base (3,3%) e Gás natural, liquefeito ou não (100,1%) na Indústria Extrativa ; Motores e máquinas não elétricos, e suas partes (exceto motores de pistão e geradores) (28,9%), Veículos automóveis de passageiros (43,2%) e Aeronaves e outros equipamentos, incluindo suas partes (39,3%) na Indústria de Transformação.

 

Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Café não torrado (-60,5%) e Algodão em bruto (-18,1%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados (-100%), Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado (-23,1%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (-4%) na Indústria Extrativa ; Coques e semi-coques, incluindo resíduos de hulha, de linhita ou de turfa, e carvão de retorta (-41,1%), Óleos combustíveis de petróleo ou de minerais betuminosos (exceto óleos brutos) (-12,3%) e Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (-7,2%) na Indústria de Transformação.

 

Principais Parceiros Comerciais

 

Argentina

 

As exportações para a Argentina, no mês de Dezembro/2024, cresceram 55,4% e somaram US$ 1,30 bilhões. As importações aumentaram 40,0% e totalizaram US$ 1,24 bilhões. Logo, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,05 bilhões e a corrente de comércio aumentou 47,5% alcançando US$ 2,54 bilhões.

 

No período acumulado de Janeiro/Dezembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para a Argentina caíram -17,6% e atingiram US$ 13,78 bilhões. As importações cresceram 13,2% e chegaram US$ 13,58 bilhões. Com isto, neste período, a balança comercial para este país apresentou saldo positivo de US$ 0,20 bilhões e a corrente de comércio reduziu-se em -4,7% totalizando US$ 27,36 bilhões.

 

China, Hong Kong e Macau

 

As exportações para a China, Hong Kong e Macau no mês de Dezembro/2024, caíram -40,2% e somaram US$ 5,36 bilhões. As importações aumentaram 10,8% e totalizaram US$ 5,20 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial apresentou superávit de US$ 0,16 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -22,7% alcançando US$ 10,56 bilhões.

 

No período de Janeiro/Dezembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as vendas para China, Hong Kong e Macau caíram -9,3% e atingiram US$ 95,96 bilhões. As importações cresceram 19,8% e totalizaram US$ 64,59 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial apresentou superávit de US$ 31,37 bilhões e a corrente de comércio expandiu-se em 0,5% somando US$ 160,55 bilhões.

 

Estados Unidos

 

As exportações para os Estados Unidos, em Dezembro/2024, cresceram 7,8% e somaram US$ 3,72 bilhões. As importações aumentaram 7,3% e chegaram a US$ 3,22 bilhões. Assim, a balança comercial com este parceiro comercial resultou num superávit de US$ 0,50 bilhões e a corrente de comércio registrou aumento de 7,6% alcançando US$ 6,95 bilhões.

 

No acumulado de Janeiro/Dezembro 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, as exportações para os Estados Unidos cresceram 9,2% e atingiram US$ 40,33 bilhões. As importações cresceram 6,9% e totalizaram US$ 40,58 bilhões. Dessa forma, neste período, a balança comercial para este país apresentou déficit de US$ -0,25 bilhões e a corrente de comércio aumentou 8,1% chegando a US$ 80,91 bilhões.

 

União Europeia

 

As vendas para a União Europeia, caíram -25,0% e chegaram US$ 3,00 bilhões. As importações aumentaram 3,8% e totalizaram US$ 3,62 bilhões. Assim, a balança comercial com este bloco resultou num déficit de US$ -0,62 bilhões e a corrente de comércio diminuiu -11,6% alcançando US$ 6,62 bilhões.

 

No período acumulado de Janeiro/Dezembro 2024, em relação a igual período do ano anterior, as exportações para a União Europeia cresceram 4,2% e atingiram US$ 48,23 bilhões. As importações cresceram 3,7% e totalizaram US$ 47,12 bilhões. Consequentemente, neste período, a balança comercial com este bloco comercial apresentou superávit de US$ 1,11 bilhões e a corrente de comércio aumentou 4,0% somando US$ 95,35 bilhões.

 

Dylan Della Pasqua / Safras News

 

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