Superávit da balança comercial chega a US$ 3,6 bi em março

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Brasília, 14 de março de 2022 – A balança comercial brasileira registrou superávit comercial de US$ 3,604 bilhões nas duas primeiras semanas de março, resultado de exportações de US$ 11,702 bilhões e importações de US$ 8,097 bilhões. A corrente de comércio ficou em US$ 19,8 bilhões. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia. No acumulado do ano, o superávit é de US$ 7,534 bilhões.
 
Até a 2º Semana de Março/2022, comparado a Março/2021, as exportações cresceram 38,2%. As importações cresceram 30,3%. Houve crescimento de 60,2% no superávit e de 34,9% na corrente.
 
No acumulado Janeiro até 2º Semana de Março/2022, em comparação a Janeiro/Março 2021, as exportações cresceram 24,1% e somaram US$ 54,35 bilhões. As importações cresceram 25,1% e totalizaram US$ 46,81 bilhões. Como consequência destes resultados, a balança comercial apresentou superávit de US$ 7,53 bilhões , com crescimento de 18,4%, e a corrente de comércio registrou aumento de 24,5%, atingindo US$ 101,16 bilhões.
 
Até a 2º Semana de Março/2022, o desempenho dos setores foi o seguinte: crescimento de 39,3% em Agropecuária, que somou US$ 3,03 bilhões; crescimento de 21,4% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 2,86 bilhões e, por fim, crescimento de 48,3% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 5,77 bilhões. A combinação destes resultados levou o aumento do total das exportações.
 
A expansão das exportações foi puxada, principalmente, pelo crescimento nas vendas dos seguintes produtos: Trigo e centeio, não moídos (3.113,8%), Café não torrado (96,9%) e Soja ( 29,1%) na Agropecuária; Minérios de cobre e seus concentrados ( 46,8%), Minérios de níquel e seus concentrados ( 407,5%) e Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus (49,0%) na Indústria Extrativa ; Carne bovina fresca, refrigerada ou congelada (129,4%), Farelos de soja e outros alimentos para animais (excluídos cereais não moídos), farinhas de carnes e outros animais (112,6%) e Gorduras e óleos vegetais, “soft”, bruto, refinado ou fracionado (296,2%) na Indústria de Transformação.
 
Por sua vez, ainda que o resultado das exportações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos registraram diminuição nas vendas: Milho não moído, exceto milho doce (-95,3%), Mel natural (-66,9%) e Madeira em bruto (-21,8%) na Agropecuária; Pirites de ferro não torrados (-94,3%), Minério de ferro e seus concentrados ( -3,5%) e Linhita e turfa (-74,0%) na Indústria Extrativa ; Alumina (óxido de alumínio), exceto corindo artificial (-16,5%), Produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço (-14,3%) e Torneiras, válvulas e dispositivos semelhantes para canalizações, caldeiras, reservatórios, cubas e outros recipientes (-58,4%) na Indústria de Transformação.
 
Até a 2º Semana de Março/2022, o desempenho das importações por setor de atividade econômica foi o seguinte: queda de -0,4% em Agropecuária, que somou US$ 0,15 bilhões; crescimento de 36,8% em Indústria Extrativa, que chegou a US$ 0,46 bilhões e, por fim, crescimento de 32,9% em Indústria de Transformação, que alcançou US$ 7,46 bilhões. A combinação destes resultados motivou o aumento das importações.
 
O movimento de crescimento nas importações foi influenciado pela ampliação das compras dos seguintes produtos: Pescado inteiro vivo, morto ou refrigerado (98,0%), Frutas e nozes não oleaginosas, frescas ou secas ( 77,8%) e Tabaco em bruto (636,4%) na Agropecuária; Carvão, mesmo em pó, mas não aglomerado ( 24,4%), Óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos, crus ( 93,2%) e Gás natural, liquefeito ou não ( 21,6%) na Indústria Extrativa ; Compostos organo-inorgânicos, compostos heterocíclicos, ácidos nucléicos e seus sais, e sulfonamidas (92,3%), Adubos ou fertilizantes químicos (exceto fertilizantes brutos) (177,5%) e Válvulas e tubos termiônicas, de cátodo frio ou foto-cátodo, diodos, transistores (103,9%) na Indústria de Transformação.
 
Ainda que o resultado das importações tenha sido de crescimento, os seguintes produtos tiveram diminuição: Trigo e centeio, não moídos (-18,4%), Milho não moído, exceto milho doce (-22,6%) e Látex, borracha natural, balata, guta-percha, guaiúle, chicle e gomas naturais (-28,8%) na Agropecuária; Pirites de ferro não torrados ( -66,0%), Minérios de cobre e seus concentrados (-59,4%) e Linhita e turfa ( -3,9%) na Indústria Extrativa ; Outros hidrocarbonetos e seus derivados halogenados, sulfonados, nitrados ou nitrosados (-37,4%), Polímeros de cloreto de vinila ou de outras olefinas halogenadas, em formas primárias (-35,0%) e Alumínio (-22,9%) na Indústria de Transformação