São Paulo – O superávit em conta corrente do Brasil atingiu US$ 3,84 bilhões em maio, após déficit de US$ 519 milhões no mesmo período do ano passado, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central (BC). No acumulado de janeiro a maio, houve déficit de US$ 6,213 bilhões, queda de 71,66% em base anual, e em 12 meses o déficit em conta corrente soma US$ 8,367 bilhões, ou o equivalente a 0,55% do Produto Interno Bruto (PIB).
O déficit na conta de capital atingiu US$ 13 milhões em maio, após superávit de US$ 22 milhões no mesmo período do ano passado, e no acumulado de janeiro a maio houve saldo positivo de US$ 63 milhões, queda de 63,17% em relação a um ano antes. Na conta financeira, o superávit atingiu US$ 4,143 bilhões em maio, após déficit de US$ 4,143 bilhões no mesmo período do ano passado. No acumulado do ano houve déficit de US$ 7,176 bilhões, queda de 65,1% em relação a um ano antes.
O superávit no balanço de pagamentos diminuiu 83,31% em maio ante o mesmo período do ano passado, para US$ 996 milhões, e no acumulado de janeiro a maio houve déficit de US$ 1,161 bilhão, queda de 93,97% em relação a um ano antes.
O investimento direto no país diminuiu 60,11% em maio ante o mesmo período do ano passado, para US$ 1,229 bilhão, e no acumulado do ano soma US$ 22,482 bilhões, alta de 29,71% em base anual. Em 12 meses o investimento estrangeiro no país soma US$ 39,316 bilhões, ou o equivalente a 2,6% do PIB.
As reservas internacionais somaram US$ 353,4 bilhões em maio de 2021, aumento de US$ 2,5 bilhões em comparação a abril de 2021. O resultado decorreu de retornos líquidos de US$ 750 milhões em linhas com recompra, bem como da contribuição positiva de US$ 1,1 bilhão e de US$ 326 milhões por variações de paridades e preços, respectivamente. A receita de juros atingiu US$ 407 milhões.
Para o mês de junho, o BC estima que o saldo em conta corrente será um superávit de US$ 6,5 bilhões, enquanto os investimentos diretos no país devem somar US$ 2,5 bilhões.
Gustavo Nicoletta / Agência CMA (g.nicoletta@cma.com.br)