Suzano reverte lucro e tem prejuízo líquido de R$ 3,7 bi no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Suzano registrou prejuízo de R$ 3,766 bilhões no segundo trimestre de 2024, contra lucro líquido de R$ 220 milhões no 1T24 e R$ 5,078 milhões no 2T23. A
variação negativa observada em relação ao 1T24 foi decorrente principalmente da variação
negativa no resultado financeiro, por sua vez explicada pelo impacto negativo da desvalorização cambial sobre a dívida e operações com derivativos (em contrapartida ao menor resultado negativo observado no trimestre anterior).

Segundo a companhia, esses efeitos foram parcialmente compensados pelo melhor resultado operacional (com o aumento da receita líquida e resultado da reavaliação do ativo biológico), apesar das elevações do CPV e do SG&A, e pelo aumento do crédito diferido de IR/CSLL (incidentes principalmente sobre os resultados negativos de variação cambial sobre dívida e marcação dos derivativos).

A receita líquida da Suzano no 2T24 foi de R$ 11,494 bilhões, sendo 80% gerada no mercado externo (vs. 78% no 1T24 e 77% no 2T23). Em relação ao 1T24, o aumento de 22% é explicado pelo maior preço médio líquido de celulose em dólar (+12%), maior volume vendido (6% de crescimento na celulose e no papel) e pela apreciação do USD médio em relação ao BRL médio (+5%). A elevação de 25% da receita líquida consolidada em relação ao 2T23 é explicada principalmente pelo maior preço médio líquido da celulose em dólar (+22%), pela apreciação do USD médio em relação ao BRL médio (+5%) e pelo maior volume vendido (1% maior no segmento da celulose e 13% superior no papel)

O aumento de 38% para R$ 6,288 bilhões do EBITDA Ajustado do 2T24 em relação ao 1T24 é explicado sobretudo: i) pelo maior preço médio líquido da celulose em dólar (+12%); ii) pela valorização do USD médio em relação ao BRL médio (5%); e iii) pelo maior volume vendido de celulose e de papel (+6%). Esses fatores foram parcialmente compensados pela elevação do SG&A, conforme explicado anteriormente. O EBITDA Ajustado por tonelada foi 30% maior devido aos mesmos fatores, ex-volume.

Já em relação ao 2T23, o aumento de 60% no EBITDA Ajustado ocorreu em função: i) do maior preço médio líquido da celulose em dólar (+22%); ii) da apreciação do USD médio em relação ao BRL médio (+5%); iii) da queda no CPV base caixa da celulose e do papel, como resultado do menor custo de produção; e iv) maior volume de vendas, sobretudo no segmento do papel. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior SG&A, conforme explicado anteriormente. O EBITDA ajustado por tonelada teve um aumento de 57% devido aos mesmos motivos, ex-volume.