Suzano triplica lucro no quarto trimestre de 2022, para R$ 7,5 bilhões, base anual

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São Paulo – O lucro líquido da Suzano aumentou 222,5% no quarto trimestre de 2022, para R$ 7,46 bilhões, ante R$ 2,3 bilhões no mesmo intervalo de 2021, enquanto a receita líquida cresceu 25,3%, para R$ 14,37 bilhões. A companhia divulgou seus resultados referentes ao 4T22 depois dos fechamento dos mercados.

Segundo a companhia, o maior lucro líquido em comparação ao 4T21 é explicado pela variação positiva no resultado financeiro, como resultado da valorização cambial sobre a dívida e sobre a marcação a mercado das operações com derivativos. “É justificado, ainda, pelo aumento no resultado operacional, em função da elevação da receita líquida e outras receitas operacionais, a despeito do maior CPV e maior SG&A”, diz a Suzano em relatório.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) diminuiu 6,4%, para R$ 6,46 bilhões. Em termos ajustados, o ebitda aumentou 28,6%, para R$ 8,175 bilhões.

As vendas de papel e celulose da Suzano cresceram 1,4%, para 2,8 milhões de toneladas.

Em 31 de dezembro de 2022, a dívida líquida era de R$ 57,1 bilhões (US$ 10,9 bilhões) versus R$ 57,8 bilhões (US$ 10,7 bilhões) observados em 30 de setembro de 2022. “O aumento da dívida líquida em dólares é explicado principalmente pelo impacto da variação cambial sobre o saldo de dívida e caixa em reais”, esclarece a Suzano.

O índice de alavancagem financeira medido pela relação dívida líquida/ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) Ajustado em reais ficou em 2,0x em 31 de dezembro de 2022. Esse mesmo indicador, apurado em USD (medida estabelecida na política financeira da Suzano), diminuiu para 2,0x em 31 de dezembro de 2022 (2,1x no 3T22).

Cia eleva estimativas de desembolsos operacionais de celulose

A Suzano atualizou suas estimativas de longo prazo de desembolsos operacionais do seu negócio de celulose, de R$ 1.500 por tonelada para, aproximadamente, R$ 1.750 por tonelada até 2027. O valor inclui custo caixa de produção de celulose (incluindo paradas programadas) de R$ 708/t; custos e despesas logísticas, com vendas e administrativas de R$ 573/t; e investimentos de manutenção (capex de manutenção) de R$ 470/t.

Agora, a empresa considera os seguintes fatores em comparação à estimativa anterior: atualização monetária prevista para 2023 considerando os maiores índices de inflação (IPCA, INPC e IGPM) observados em 2022 e as respectivas premissas utilizadas para 2023 incidentes em contratos com terceiros; maiores desembolsos relacionados às atividades florestais, sobretudo silvicultura e arrendamento de terras; e iniciativas de gestão adicionais visando maior competitividade estrutural da base florestal, cujos benefícios econômicos serão observados após 2027.

As estimativas acima refletem valores reais, não sendo consideradas expectativas ou premissas de inflação ou variação cambial para o período de 2024 em diante.

Considera-se ainda a operação da Companhia à plena capacidade, incluindo o Projeto Cerrado.

O período projetado e prazo de validade das estimativas de desembolso operacional total do negócio de celulose compreende a evolução do desempenho operacional do negócio de celulose da Companhia nos próximos 5 anos, com o atingimento dos valores supramencionados previstos para o exercício social de 2027.

Com Cynara Escobar / Agência CMA.