São Paulo – Após os preços de celulose terem sofrido queda recentemente, corrigindo as fortes altas vistas anteriormente, a Suzano afirmou que segue vendo um mercado favorável em relação a preços e demanda da commodity.
“Não acho que as correções que vimos em julho tem a ver com as novas capacidades que devem entrar no mercado em alguns meses, mas com o movimento de mercado mesmo na China, mas ele ainda é favorável”, disse o diretor executivo de comercial celulose e gente e gestão, Leonardo Grimaldi, em teleconferência de analistas sobre os resultados.
Na avaliação do diretor, a previsão de aumento de produção, inclusive de produtores chineses, não deve impactar preços por enquanto e o setor costuma ter um segundo semestre positivo, o que faz manter o otimismo em relação à demanda.
“Estamos bastante otimistas, o mercado deve ser mais positivo no terceiro e quarto trimestres, mas é preciso observar como vai se concretizar. Sobre próximos projetos acompanhamos com atenção, a grande parte deles são governamentais, por questões estratégicas na China, existe expectativa de aumento de demanda na China e na Ásia”, disse.
O diretor também afirmou que seguem conversando com clientes a possibilidade de ter um modelo de repasses de preços que permitam uma menor volatilidade.
PAPEL e PAPELÃO
A companhia também está otimista com a demanda de papel e papelão no mercado interno, diante de fatores como a volta às aulas e volta aos escritórios com o aumento da vacinação contra a covid-19.
“Historicamente, temos no segundo semestre mais forte no Brasil tanto para papel para imprimir quanto por compras governamentais e esse ano temos a reabertura das escolas e volta aos escritórios, o que deve ajudar na demanda no mercado interno. Em relação ao papelão, o segundo semestre deve ser tão bom quanto o primeiro e existe demanda por papéis mais sustentáveis”, afirmou o diretor executivo de papel e embalagens, Fabio Almeida de Oliveira.