Taxa de desocupação cai a 11,1% até março; previsão era de 11,4%

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São Paulo, 29 de abril de 2022 – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 11,1% no trimestre móvel encerrado em março, ficando estável ante o trimestre imediatamente anterior (11,1%), referente aos meses de outubro a dezembro de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado ficou levemente abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +11,4%, conforme o Termômetro CMA.
Na comparação com o mesmo período anterior, referente ao período de janeiro de 2021 a março de 2021, quando estava em 14,9%, o índice desacelerou-se, segundo o IBGE.
No fim de março, a população desocupada somava 11,9 milhões de
pessoas, ficando estável em relação ao trimestre terminado em dezembro, e diminuiu 21,7% no confronto com igual trimestre de 2020.
A população ocupada totalizou 95,3 milhões, caindo 0,5% em relação ao trimestre anterior (472 mil pessoas a menos) e subindo 9,4% (8,2 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e março, o nível de ocupação chegou a 55,2%, queda de 0,4 ponto percentual (pp) em relação ao trimestre móvel anterior, e alta de 4,3 pontos percentuais (pp) na comparação com o mesmo trimestre de 2021.
Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 23,2%,
registrando queda de 1,1 pp em relação ao trimestre entre outubro e dezembro, assim como teve retração de 6,4 pp na comparação com igual período de 2021.
Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 26,8 milhões no fim de março, o que representa quedas de 5,4% ante o trimestre anterior e 20,3% na comparação com o mesmo período de 2021.
Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 65,5 milhões de pessoas, o que representa alta de 1,4% frente ao trimestre anterior e queda de 4,8% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi a 4,6 milhões de pessoas, caindo 4,1% em relação ao trimestre anterior, e com queda de 22,4% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,1% da população ocupada (38,2 milhões de pessoas).
Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.548 entre janeiro e março, alta de 1,5% em relação ao trimestre anterior e queda de 8,7% ante igual período de 2021.
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em fevereiro foi estimada em R$ 237,7 bilhões, estável ante mesmo período em 2021.
Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,2 milhões de pessoas, diminuindo 0,5% em relação ao trimestre móvel de outubro a dezembro de 2021 e aumentando de 4,8% (4,9 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2021.
Entre os grupamentos de atividades, o IBGE reforça que não houve alta trimestral relevante, apenas redução em Construção (3,4%, ou 252 mil pessoas).
No confronto anual, houve aumento em Indústria geral (8,2%, ou 931 mil pessoas), Construção (12,7%, ou 815 mil pessoas), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+12,2%, ou mais 2,0 milhão de pessoas), Transporte, armazenagem e correio (10,4%, ou mais 469 mil pessoas), Alojamento e alimentação (32,5%, ou mais 1,3 milhão de pessoas), Informação,
comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (4,0%, ou mais 439 mil pessoas), Outros serviços (19,5%, ou 811 mil pessoas) e Serviços domésticos 19,4%, ou mais 921 mil pessoas).