São Paulo – A taxa de desocupação da população brasileira foi estimada em 12,6% no trimestre móvel encerrado em setembro, abaixo do observado no período imediatamente anterior (13,2%), referente aos meses de junho a agosto de 2021, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Na comparação com o mesmo período anterior, referente aos meses de julho a setembro de 2020, quando estava em 14,9%, o índice desacelerou-se, segundo o IBGE.
No fim de setembro, a população desocupada somava 13,5 milhões de pessoas, caindo 9,3% em relação ao trimestre terminado em junho, e diminuiu 7,8% no confronto com igual trimestre de 2020.
A população ocupada totalizou 93,0 milhões, crescendo 4,0% em relação ao trimestre anterior (3,6 milhões de pessoas a mais) e 11,4% (9,5 milhões de pessoas a mais) na comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre julho e setembro, o nível de ocupação chegou a 54,1%, altas de 2 pontos percentuais em relação ao trimestre móvel de abri a junho e de 5,1 pp na comparação com o mesmo trimestre de 2020.
Já a taxa de subutilização da força de trabalho atingiu 26,5%,
registrando queda de 2,0 pp em relação ao trimestre entre abril e junho, assim como teve retração de 3,9 p na comparação com igual período de 2020. Segundo o IBGE, a população subutilizada somava 30,7 milhões no fim de setembro, o que representa quedas de 5,7% ante o trimestre anterior e 8,9pp na comparação com o mesmo período de 2020.
Assim, a população fora da força de trabalho alcançou 65,5 milhões de pessoas, o que representa quedas de 2,7% frente ao trimestre anterior e de 9,4% em relação ao mesmo trimestre no ano passado. Já a população desalentada foi a 5,1 milhões de pessoas, uma queda de 6,5% em relação ao trimestre anterior, e 12,4% no confronto anual. Por sua vez, a taxa de informalidade foi de 40,6% da população ocupada (38 milhões de pessoas).
Em relação à renda, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 2.459 entre julho e setembro, o que significa quedas de 4% em relação ao trimestre anterior e de 11,1% ante igual período de 2020. A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados no trimestre encerrado em setembro foi estimada em R$ 223,5 bilhões, estável nas duas bases de comparação.
Já a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 106,4 milhões de pessoas, um aumento de 2,1% (mais 2,2 milhões de pessoas) no trimestre móvel de julho a setembro de 2021 ante o trimestre de abril a junho e de 8,6% (8,4 milhões de pessoas) frente ao mesmo trimestre de 2020.
Entre os grupamentos de atividades, o IBGE reforça que houve altas trimestrais em indústria geral (+6,3%, ou mais 721 mil pessoas), construção (+7,3%, ou mais 489 mil pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+7,5%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), alojamento e alimentação (+11%, ou mais 486 mil pessoas) e serviços domésticos (+8,9%, ou mais 444 mil pessoas).
No confronto anual, houve aumento em nove grupamentos: agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+9,7%, ou mais 803 mil pessoas), indústria geral (10,%, ou mais 1,2 milhão de pessoas) construção (+20,1%, ou mais 1,2 milhão de pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (+13,4%, ou mais 2,1 milhões de pessoas), alojamento e alimentação (+26,5%, ou mais 1 milhão de pessoas), transporte, armazenagem e correio (+12,6%, ou mais 537 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+10,4%,
ou mais 1 milhão de pessoas), outros serviços (+8,7%, ou mais 531 mil pessoas) e serviços domésticos (+21,3%, ou mais 952 mil pessoas).