Taxa de desocupação cai a 6,4% até setembro, abaixo da previsão (6,5%)

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Carteira de trabalho. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

São Paulo – A taxa de desocupação chegou a 6,4% no trimestre encerrado em setembro de 2024, com queda de 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre encerrado em junho (6,9%). Foi a segunda menor taxa de desocupação da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012, só perdendo para o trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%).

As informações são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua divulgada hoje pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou um pouco abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +6,5%, conforme o Termômetro Safras.

A população desocupada (7,0 milhões) recuou nas duas comparações: -7,2% (menos 541 mil pessoas) no trimestre e -15,8% (menos 1,3 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

A população ocupada (103,0 milhões) foi novo recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,2% (mais 1,2 milhão de pessoas) no trimestre e 3,2% (mais 3,2 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 58,4%, crescendo nas duas comparações: 0,6 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,8%) e 1,3 p.p. no ano (57,1%). Este foi o maior nível de ocupação para um trimestre encerrado em setembro desde 2012.

A taxa composta de subutilização (15,7%) recuou em ambas as comparações: -0,8 p.p. no trimestre e -1,9 p.p. no ano. Foi a menor taxa para um trimestre encerrado em setembro desde 2014. A população subutilizada (18,2 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em junho de 2015 (18,2 milhões), recuando nas duas comparações: -4,4% (menos 834 mil) no trimestre e -9,8% (menos 2,0 milhões) no ano.

A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) não teve variação significativa nas duas comparações. A população fora da força de trabalho (66,4 milhões) recuou 0,4% (-293 mil) no trimestre e não teve variação significativa no ano.

A população desalentada (3,1 milhões) foi a menor desde o trimestre encerrado em maio de 2016 (3,0 milhões), ficando estável no trimestre e recuando 11,3% (menos 397 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados (2,7%) foi o menor desde o trimestre encerrado em março de 2016, recuando 0,1 p.p. no trimestre e 0,4 p.p. no ano.

O número de empregados no setor privado chegou a 53,3 milhões, novo recorde da série iniciada em 2012, com altas de 2,2% (mais 1,1 milhão pessoas) no trimestre e de 5,3% (mais 2,7 milhões de pessoas) no ano. O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 39,0 milhões, mais um recorde. Houve alta de 1,5% (mais 582 mil pessoas) no trimestre e de 4,3% (mais 1,6 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (14,3 milhões) também foi recorde, com altas de 3,9% (mais 540 mil pessoas) no trimestre e de 8,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no ano.

O número de trabalhadores por conta própria (25,4 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como o número de trabalhadores domésticos (5,9 milhões) e de empregadores (4,3 milhões). Já o número de empregados no setor público (12,8 milhões) foi recorde, ficando estável no trimestre e subindo 4,6% (568 mil pessoas) no ano.

A taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada (ou 40,0 milhões de trabalhadores informais) contra 38,6 % no trimestre encerrado em junho e 39,1 % no mesmo trimestre de 2023.

O rendimento real habitual de todos os trabalhos (R$ 3.227) ficou estável no trimestre cresceu 3,7% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 327,7 bilhões) não teve variação significativa no trimestre e cresceu 7,2% (mais R$ 22,0 bilhões) no ano.